Ricardo Moura Tavares - Grp de Santarém
O Ricardo Moura Tavares, filho de um antigo forcado do grupo de Santarém, nasceu como forcado no Grupo a que seu pai pertenceu e ali vai acabar com certeza a sua carreira de forcado, como manda a Tradição familiar.
Como cernelheiro e rabejador é dos melhores da sua geração, mas á parte disso ainda pega de caras.
O seu amor pelo grupo é uma constante que roça quase a religiosidade, onde valoriza a história que se projecta no passado de tantas gerações, mas o que mais o distingue é a aficcion desmedida que vai para além das pegas, onde se pode incluir a deriba, o toureio a cavalo pontualmente por brincadeira, mas acima de tudo, está o cavalo. Monta com saber e sabe arranjar um cavalo com a firmeza da equitação onde bebeu, com Mestre João Lopes Aleixo, curiosamente também este pegou no Grupo de Santarém.
A faceta humana do Ricardo Moura Tavares torna-o igualmente diferente, ora na forma sensata como fala do toiro e do cavalo, ora na curiosidade esperta com que houve os mais velhos, provando que tem a consciência de que a experiência na equitação é uma fonte de saber, e a equitação é tão só o viver de uma paixão, e por ser assim dá a ideia ter interiorizado esta frase com que alguém justificou essa paixão : " Onde senão no cavalo encontramos nobreza sem arrogância, amizade sem inveja e beleza sem vaidade? "
.Se o curso de gestão equina lhe dá o aval para lecionar na escola Agricula de Runa, o tempo que dedica aos cavalos que monta, dá-lhe a experiência com que vai solidificando na vida conhecimentos, ao mesmo tempo que vive a paixão do cavalo e do que o rodeia, em pleno no presente e com certeza projectando o futuro em sonhos, e que, como dizia o poeta Nazareth Barbosa :
Naquilo que se ama e sente,
Naquilo que só a inspiração e a mente,
Tem para nos dar:
O cismar de coisas belas ás vezes imortais...
Tanta realização pessoal, faz com que o Ricardo mostre no convivio com os amigos, que é um tipo que está de bem com o mundo.
Eu sou um admirador do Ricardo Moura Tavares.
Para terminar deixo uma frase de R. B. Cunningham - Graham, para aqueles que como eu e como tu amam os cavalos: “Deus impeça que eu vá para algum Céu onde não haja cavalos.”