MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Se você me deixou na corda bamba…

Dedicado a toda a malta dos toiros



Este é o titulo de uma interpretação em fado e samba, que aconselho vivamente a ouvir, dos meus amigos, Maria João Quadros e António Pinto Basto, que começa assim:

 “Se você me deixou na corda Bamba
Se eu me rebolei mordendo o chão
Não sei se isto é um fado se é um samba…”

A propósito desta obra destes grandes interpretes veio-me á ideia a dança dos apoderados, dos bandarilheiros, dos empresários e até dos moços de estoques.

Muitos estão na corda bamba, factores como, o numero reduzido de corridas, polémicas que envolvem a estrutura dos cabeças de cartaz, não cumprimento de acordos, falta ou alteração da dinâmica do apoderamento, levam a situações de pré rotura, e destas nunca o cabeça de cartaz se julga culpado.

É evidente que ninguém gosta de levar um pontapé nos “Montes do prazer” (era assim que se chamava ás nádegas em Roma no principio do SEC. XVIII).

Perante o dito pontapé, uns ficam tristes, deprimidos, mas interiorizam, outros aparentemente alegres mas recalcados e desbocam-se, e outros ficam irritados e estrilham, comportamentos em tudo semelhantes ao dos maridos encornados.

Os que se rebolam mordendo o chão (verso 2) normalmente partem para outra sem olhar a projectos.

Os que optam por achar que foi a sina, retiram-se temporariamente curtindo o seu fado (verso 3).

Os que para disfarçar passam a aparecer em toda a parte aparentando uma alegria contagiante, fazem um luto de viúva alegre optando por sambar (verso 3).

Se você está na corda Bamba, descontraia-se a vida continua, não entre em guerras porque o mundo do toiro precisa de paz (pareço o Sr. Miguel Alvarenga a aconselhar-me á paz), paz e muito amor.