Homenagem de António Cortesão a Zé Maria Cortes
Morreu hoje um homem, que foi para mim e para todos os que conheço um exemplo enquanto homem, enquanto forcado e enquanto amigo, e com quem só tenho pena de não ter falado mais vezes. Alguém que era enquanto jogador de rugby, o que um jogador de rugby deve ser, que era enquanto forcado, o que um forcado deve ser, e enquanto homem e amigo, o que um homem e um amigo deve ser.
Apesar de já não estar no meio de nós, o Zé Maria vive em todos os que o conheceram, e que o recordarão enquanto forem vivos. Homens como o Zé Maria vivem muito para além da morte, porque o que fizeram em vida ecoa na memória de todos nós. Como alguém um dia disse: "the man is gone, bu the legend lives on". Conforta-me saber que enfrentou a morte como sempre enfrentou a vida: de dentes cerrados e olhos nos olhos, a lutar com unhas e dentes contra todas as probabilidades.
Não digo adeus, porque adeus diz-se a quem não se tenciona voltar a ver. Digo descansa em paz, um abraço e até já.
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