MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Tâo actual como há 5 anos "A problemática dos nomes"...


Escrevi esta crónica há já 5 anos no jornal "FARPAS", mas ontem tropecei nela e por a considerar tão actual hoje, resolvi publicà-la.. 




A problemática dos nomes



As ruas, as pontes, os estádios as praças de toiros e tantas coisas mais, mudam de nome, sem mudar o local, sem mudar a forma e sem mudar o conteúdo, porém, as direcções gerais e associações, por exemplo, mudam de nome alterando por vezes finalidades e competências.

Há ainda nomes que são mudados ou atribuídos por razões objectivas, ou noutros casos sem fundamentos lógicos.

Vejamos:

A ponte Salazar mudou para ponte 25 de Abril sem lógica. Efectivamente a revolução nada teve que ver com a ponte ( digo eu que sempre fui anti-Salazarista).

O Ministério da Qualidade de Vida mudou o nome para Ministério do Ambiente, por uma questão de gosto ou por capricho, sem que os objectivos se alterassem.

A Academia do Benfica passou a chamar-se “Caixa Futebol Campus” por razões meramente económicas.

Um “transexual” que antes de operado se chamava António José, é natural que depois de operado se passe a chamar de Sandra Marisa, por razões perfeitamente lógicas.

Há ainda os casos de cidades e vilas cujos nomes actuais em nada se assemelham aos primitivos, como os casos da evolução de Lutécia para Paris, de Aeminium para Coimbra, de Scallabis para Santarém e de Aquabona para Coina, bem como tantos outros exemplos. Também há aquelas cidades em que a evolução se compreende etimologicamente como são os casos de Ébora para Évora, Lamecum para Lamego, Sirpe para Serpa etc.

Quanto a ruas, o caso mais espantoso de evolução é o da rua dos Potevins em pleno Quartier Latin em Paris, que segundo as “Edições Hachette”, em 1396 se chamava rua do peido, em 1560 rua do peido silencioso e em 1636 rua do grande peido.

Vem tudo isto a propósito de nomes desvirtuados no mundo do toiro, ou que a este são alheios.

Os nomes devem dizer com a circunstância ainda que esta evolua, e por isso se compreende, ou não, que se chame toureio de frente, a sortes aliviadas em que o toureio só está de frente para o toiro quando começa a sorte, ou então quando a velocidade no momento da reunião é tanta que tanto faz ir de frente como de lado, o toiro mal vê o digníssimo cavaleiro.

Já imaginaram o quanto eram de alheios, falhos de tradição e ridículos, sobrenomes de toureiros como Carvalho, Cotrim, Pimenta ou Laranjeiro, a inventar passes a que se chamariam, Carvalhinas, Cotrinas ou Cotrininas, Pimentinas ou Laranjinas? É claro que nestes casos teriam que trocar os nomes para “EL qualquer coisa”.

Temos ainda a incongruência do nome da “Acção Pró Taurina ” vulgo “P’rótoiro” que me lembra a Rua das Virtudes de uma cidade Francesa. Na “acção P’ró Taurina não há muita acção e na rua das virtudes não há muita virtude por se tratar de um espaço por excelência de “ trottoir ” de putas.

A mesma incongruência nota-se nos nomes da antiga, temida e ditatorial “DGS” sigla de Direcção geral de Segurança, que não era geral por só segurar o regime e o que lhe dissesse respeito; da mesma maneira a “ ANGF ” Associação Nacional de Grupos de Forcados, não é nacional porque há grupos nacionais que a ela querem pertencer e nela não são aceites.

Por ser assim, a “DGS” para que a sigla fosse correcta e coerente, devia ter sido chamada de “DGSR” Direcção Geral de Segurança do Regime; Pelas mesmas razões a “ANGF” devia chamar-se “ANAGF”, Associação Nacional de Alguns Grupos de Forcados.

Há ainda os nomes que são chamados indevidamente em determinadas alturas aos directores de corrida e a outros intervenientes no espectáculo, que por decência, a eles não me referirei, e também por pensar, que nada há para justificar determinadas verborreias.