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terça-feira, 28 de outubro de 2014

P'RA QUE A TERRA NÂO ESQUEÇA - Sergio Batista...



Sérgio António Faia Batista

Todos aqueles que se destacam no seu "métier" são de louvar, e quando ainda por cima têm outras vidas para além disso, são ainda mais destacados.

O Meu amigo Sérgio nasceu a 20 de Abril do ano de 1975 na conhecida vila taurina de Monforte, onde ainda hoje vive. Desde muito cedo esteve ligado ao ambiente taurino que o rodeava, propicio de uma vila de grandes toureiros, bandarilheiros e forcados. Motivado por todo este ambiente, quis sempre estar perto das grandes figuras da festa brava, iniciando o seu percurso de moço de espadas no ano de 1994 com o cavaleiro José Carlos Pereira, tinha na altura apenas 19 anos.

Algum tempo depois integrou a equipa do cavaleiro João Paulo. Pouco a pouco e ao longo dos anos foi se tornando profissional criando e fazendo entender aos outros a importância que um moço de espadas tem na equipa de qualquer toureiro. Sendo para além de amigo, um apoio ao nível de logística e de organização numa temporada. A sua visão de um moço de espadas é uma visão de total profissionalismo e disponibilidade.

Segundo Sérgio o moço de espadas deve ser apenas a “sombra” da grande figura; o toureiro, o que na minha opinião revela um pensamento de grande nobreza só posivel num homem que vê o mundo á luz exacta da sua dimensão.

Hoje é um dos mais prestigiados e reconhecidos moços de espadas não só em Portugal como em Espanha, esteve integrado na equipa de algumas das mais importantes figuras do toureio, como Paulo Caetano, João Moura Caetano, Vítor Ribeiro, João Moura, João Moura Júnior e Sónia Matias, onde esteve integrado desde o ano 2008 até ao ano de 2010.






Em 2010 voltou para a casa Caetano. Tem sido uma das pedras fundamentais da quadrilha do cavaleiro João Moura Caetano, que tão bem conhece visto tê-lo acompanhado no início da sua carreira.

Mas a vida do Sérgio não se circunscreve ao mundo do toiro, frequenta na Universidade de Évora o curso superior de História e Arqueologia que terminará este ano, tudo isto, além de ser funcionário da Camara da sua terra onde vai chefiar o "Centro interpretativo Tauromáquico".

Mas para mim, há aspectos da sua personalidade que o distinguem e que por serem raros na sociedade actual, dão uma outra dimensão á minha admiração por ele bem como a uma enorme amizade.

A lealdade ganha neste amigo a sua máxima expressão, porque projecta a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não se aliando nem mesmo ao de leve a ninguém que as traições tornam moralmente inferiores.
Na minha opinião, a lealdade é um dos pilares que sustentam o real valor do Sérgio, que dá dimensão a um homem que sabe da vida em cultura, para lá do mundo do toiro.

Estas minhas crónicas são sempre reservadas para quem tem um lugar proeminente para a lealdade, a sinceridade e a amizade. A forma discreta de estar na vida do Sérgio não lhe permite alardear em voz alta as suas amizades, os que a alardeiam amizades a esmo, são traficantes; a amizade pura e boa, sente-se, não se diz...
A filosofia de vida do Sérgio Batista, enrola-se na amizade, na cultura, no trato afável e na lealdade que residem numa identidade de vida que por se encontrar tão raramente, me levou a escrever esta crónica "P'RA QUE A TERRA NÂO ESQUEÇA"...