MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

P´ra que a terra não esqueça - Vasco Bettencourt...


Vasco Bettencourt um SENHOR...


Cada vez há menos SENHORES na verdadeira acepção da palavra.~
Normalmente as grandes amizades têm muitos anos, assim como também é vulgar dizer-se que a partir dos cinquenta anos, já não se tem idade para fazer grandes amizades, ainda por cima se se tratar de duas pessoas dispares em termos de crença e ideologia politíca.
As excepções confirmam a regra, e por ser assim, eu só conheci o Vasco há nove anos, embora tivessemos coincidido anos atrás, várias vezes em casa de uma familía de amigos comuns, nunca trocámos uma conversa e hoje somos grandes amigos.

Quis o destino que os nossos filhos coincidissem no Grupo do Aposento da Moita, e foi aí que passámos a conviver, nascendo então uma profunda amizade.


Pela minha parte, reparei no Vasco numa profunda formação moral, numa educação irrepreensivel e numa seriedade invulgar em tudo o que vai das relações humanas, á aficcion séria, passando pelo respeito que enobrece cada qual que sabe e pratica o que isso significa.

A sua entrega ao AP. Moita onde são forcados os seus filhos, é a de um homem de paixões que não cega perante as mesmas, antes porém, sendo um critíco em privado ( como deve ser ) quando as coisas correm menos bem. A sua seriedade é tal, que quase sempre peço a sua opinião sempre que escrevo, porque sei que o que me diz vem recheado de bom senso e nada, nem a voz do sangue o influenciará.

Uma vez, o Ap Moita fardou-o numa corrida como homenagem ao homem, ao aficionado e ao amigo, nada mais justo.... E sei que como recordação dessa corrida, é uma subida honra para o meu filho António um dia poder dizer, eu fardei-me com o tio Vasco...

Os reparos da sua parte a um certo desbragamento de linguagem nos meus escritos, são comandadas pela elevação e pela amizade, e lamento muitas vezes desiludí-lo, mas ele  nunca compreenderá que entre nós existe a enorme distância que vai do bom senso á loucura.

Se ser amigo do Vasco é fácil para quem fala a mesma lingua, muito mais forte se torna essa amizade quando sinceramente ele nutre pelos meus filhos um carinho especial. "Quem nossos filhos beija, nossa boca adoça"...

A expressão “saber estar” e comummente utilizada em diversos âmbitos e circunstâncias. Ao ser ouvida, ou lida, é, então, interpretada por cada um à luz das suas próprias circunstâncias.


O Meu amigo Vasco distingue-se por tudo, mas acima de tudo por saber estar. Alguns acham que “saber estar” é um comportamento inatingível e maçador, prerrogativa de uma minoria privilegiada pelo estatuto social ou pela fortuna. Outros, julgo eu mais sensatos, sabem que o “saber estar” é uma postura que deve ser assumida por cada um, não só na vida social.
Em meu entender, “saber estar” é uma atitude global que resulta, em primeira instância, do “saber ser” e que se poderá, de forma muito sintetizada, descrever-se da seguinte forma:

- Basear as relações interpessoais no respeito: pelo outro, pelas suas circunstâncias, pela sua forma de ser, pelo seu espaço, pelo seu tempo.
- Actuar de boa fé e de acordo com princípios éticos, sem preconceitos nem falsos moralismos.
- Aceitar a diferença.
- Evitar julgar, não difamar nem alimentar bisbilhotices.
- Agir sempre com base nos mais elementares princípios de boa educação e cortesia: saber saudar e cumprimentar, ser pontual, respeitar regras e normas de convivência.
- Cumprir com correcção o papel de convidado ou anfitrião, em ambiente social.

Pois meus senhores, o Vasco tem isto tudo e ainda uma SENHORA por companheira, por isso escrevo esta crónica como registo de uma enorme amizade...
 "P'RA QUE A TERRA NÂO ESQUEÇA"...