O facto de sermos amigos há muitos, há mesmo muitos anos, ainda tu eras um jovem cavaleiro amador, levou-me a conhecer a tua louca aficcion e a forma como esta foi construida com base na inteligencia e cultura taurinas.
Sempre fizeste tudo de forma a poderes valorizar o conhecimento, para bem da FESTA, num mundo por vezes tão avesso ao conhecimento.
Esta tua entrega a Idanha, não foi milagre da Nª. Srª do Almortão padroeira benquista das gentes raianas dessa terra e região, e que reza a história, ter aparecido certa madrugada, a pastores e ganhões que atravessavam o campo pelo sítio da Água Murta, para o labor quotidiano, numa moita de murteiras grandes. Foi sim, a descoberta de um Português como tu, que viu ali naquele rincão do nossoPaís, um naco de Portugal no seu melhor, em paisagem, em filosofia de vida e em gentes.
Também eu sou apaixonado por Idanha onde só tenho amigos.
A corrida televisionada que tu promoveste com tanto empenho e carinho, resultou num enorme êxito artístico, e numa propaganda enorme á região e á aficcion raiana tão desconhecida de muita gente, e além disso, mostraste que o "trabalho" só aparece depois do "êxito" no dicionário.
Para quem te conhece como eu, não admira que por vezes penses como o celebre critíco Rafael Alberti, que um dia disse : " Por vezes penso :Pudera eu fazer da minha vida uma tauromaquia...
Como aficcionado, agradeço-te penhoradamente o teu excelente contributo, para bem da "FESTA", contributo esse, que me levou a escrever-te "P'ra que a terra não esqueça"...
