A praça de toiros de Montemor o Novo, gerida por Símão Comenda e Paulo Vacas de Carvalho, é indiscutivelmente o taurodromo que mais aficionados entendidos tem por metro quadrado, e esta circunstancia não acontece por acaso. Acontece pela qualidade e originaliidade dos carteis apresentados, aos quais se sobrepõe só uma aficcion desmedida, e acontece também pela história e união do grupo de forcados da terra, ex-libris duma forma de estar na vida com paixão intensa,
Falar com antigos forcados do Grupo de Montemor em dia de corrida da feira da sua terra, é quase como ouvi-los rezar á Nª Srª da Visitação, padroeira da terra.
Para se entender as gentes Montemorenses, há que conhecer a sua história.
O concelho recebeu forais dos reis D.Sancho I (1203) e de D.Manuel (1503) e teve um importante papel no combate à ocupação castelhana (1580 – 1640) e durante as invasões francesas (início do séc. XIX).
A época do apogeu de Montemor-o-Novo foram os séculos XV e XVI, em que à prosperidade trazida pelo comércio se aliava o facto de a corte permanecer por largos períodos em Évora, o que tornava a vila palco frequente de acontecimentos políticos de relevo, com a realização de cortes e a permanência do rei no Paço dos Alcaides.
Em Montemor, em 1496, tomou D.Manuel I a decisão histórica de mandar descobrir o caminho marítimo para a Índia, durante os conselhos gerais que se realizaram na cidade.
Perante o exposto e não só, afirmo com convicção, que para mim, ir a Montemor o Novo e conviver com os amigos e assistir a uma corrida séria, é refazer-me de nacionalidade.
Da corrida há a salientar o bom curro de toiros e as excelentes actuações de Rui Fernandes no seu 1º toiro, de Manuel Telles Bastos também no 1º que lidou e de João Moura jr, que esteve extraordinário no último da tarde.
Forcados :
Boas pegas, sendo de realçar a pega de Francisco Barreto e a despedida de João Braga e Jorge Mendes, bons forcados que sempre andaram na FESTA por Bem...