Depois de se encerrar com 6 toiros em Huelva, Espartinas, Ronda, Sevilha e esta temporada em . Madrid, factos únicos na história do toureio.
Depois de ser premiado com duas orelhas e rabo em "Las Ventas", facto único que não acontecia há 40 anos naquela praça.
Depois de indultar um toiro em Múrcia - que não é o mesmo que indultar um toiro num Pueblo - .
Depois de ter sido injustiçado por algumas empresas no principio de 2018. Eis que Ventura chega ao México, onde há 6 anos foi torpedeado - sabe-se lá por quem -, acabando por conseguir com o seu talento o que nenhum rejoneador conseguiu até hoje, voando da terra pró céu do mundo taurino, onde só moram os verdadeiramente eleitos.
O que se passou foi isto :
Após tourear o primeiro que lhe coube em sorte, esteve pesado a matar, e os cerca de 40 mil espectadores presentes silenciaram o seu labor. Mas eis que quando anunciavam o toiro "Fantasma" da ganadaria de Henrique Fraga, Ventura entra na praça montando o "Bom Bom" ( cavalo que começou a tourear a meio da temporada ) com a garrocha ao ombro, e se coloca na porta dos curros, Abre-se a porta e de rompante sai o "Fantasma" que segue o cavalo, ao que o "Bombom" responde com galope certo e seguro, dobrando-se sem se desunir, para depois do cavaleiro pegar nos rojões deixar que estes os colocasse de forma correcta.
Ventura foi buscar o "Sueño" e tudo o que se passou a seguir pareceu um sonho. Verdadeiros galopes ao revés, contra passagens de mão p'rás tábuas em terrenos impossíveis, um quiebro cingido, outro quiebro este a recuar, que aconteceu numa situação de improviso, e outro ainda em que recua do meio até ás tábuas recebendo o toiro quase inteiro no limite do impossível.
Seguiu-se o desempenho de Ventura montando o "Gitano" que enlouqueceu mais o público, com dois quiebros pela esquerda que resultaram em 2 ferros em sorte de "Violino", sorte nunca vista por terras Astecas.
Entretanto Ventura não estava contente embora o público em uníssono gritasse "TORERO", "TOREO" e agistasse lenços brancos, e aparece montado no "Dólar", e quando tirou a cabeçada ao cavalo é impossível descrever a reação dos aficionados. Sem cabeçada, com o toiro no meio da praça, crava o melhor par que vi ao binómio (Ventura/Dólar), entrando recto, mas recto á séria, carregando a sorte, cravando em todo o alto.
Por fim quando já se adivinhava o desenlace, montado do "Toronto" crava três palmitos um deles em sorte de violino, e acto continuo é concedido o indulto ao "Fantasma" que Ventura com alma toureira, ainda brinda com derechasos e passes de peito, para depois se emocionar até ás lágrimas.
Estava instalada a loucura na México…
Telefonei logo ao meu amigo João Zuquete e repassámos toda a carreira do génio nosso amigo, sem nos esquecer-mos daqueles que como nós sempre acreditámos no Diego e que por formação desconhecem as palavras oportunismo e traição…
Viva Ventura!!!
Ventura é o maior...