Um caso raro no toureio, foi Ignácio Sanchez Mejías, filho de
um médico de Sevilha, nasceu nesta cidade a 16 de Junho de 1891, e
desde jovem se destacou pela sua raça e pormenores artísticos e forte
querer. Pelo seu carácter integro um sítio destacado no toureio entre os
espadas da sua época, e nunca por influência do seu cunhado Joselito,
mas apenas pelo seu valor extraordinário.Com valentia sem limites executava
as sortes do toureio, vencendo as dificuldades com um sangue frio que
dava a sensação do difícil fácil.A sua carreira taurina começou-a como
bandarilheiro, tendo pertencido á equipa de Joselito, mais deu início á sua
carreira com a espada, tendo recebido a alternativa a 16 de Março em
Barcelona, das mãos de Joselito, sendo testemunha Juan Belmonte. No
seu primeiro ano de alternativa somou noventa corridas. Sofreu várias
cornadas, até ao dia da fatal em Manzanares (Ciudad Real), a 11 de
Agosto de 1934, ao dar um passe sentado no estribo, ao touro de nome.
«Granadino», da ganadaria de Hermanos Ayala. A cornada no músculo
foi de tal maneira grave, que faleceu dois dias depois.
Fora dos ruedos foi um homem curioso e inquieto. Tinha amizades com
poetas. Chegou a escrever comédias, pronunciou conferências, e preparava-se
para escrever um livro. Protegeu económicamente o prémio literário Ateneu de
Sevilha. Sáo bem conhecidos os versos de Garcia Lorca, á morte de IGNÁCIO
SÁNCHEZ MEJÍAS.......
«A las cinco de la tarde
Eran las cinco en punto de la tarde.
Que no quiero verla!
Dile a la Luna que venga,
que no quiero ver la sangre
de Ignacio sobre la arena.
MOITA DA CRUZ