A virtude no Mundillo é muitas vezes maltratada...
Nunca um
invejoso perdoa ao mérito.
A inveja é mais
irreconciliável do que o ódio.
Geralmente são
os bens que provêm do trabalho a que se juntam por obra do acaso golpes de sorte, que provocam inveja.
São estes
pensamentos que sugiro como reflexão, a propósito do mundo dos toiros.
É evidente que
a inveja ataca forte na “Festa”, quase sempre vinda das frustrações daqueles
que quiseram ser qualquer coisa a que não conseguiram chegar.
Em alguns dos
ex forcados o tal sentimento vê-se com facilidade e regularmente com mais
força, naqueles que menos foram.
Se a pega é boa
atiram-lhe com o argumento de que o toiro não tinha problemas, esquecendo que
muitas vezes são os forcados da cara que tiram a maldade aos toiros. Se pelo
contrário o grupo tem que ir mais que uma vez á cara do toiro, buscam todos
os pormenores para criticar, muitas vezes duramente, não tendo em conta as
dificuldades.
No toureio
apeado se o toureiro tem possibilidades de quem o ajuda, há logo quem diga
que não vai a lado nenhum por isso
mesmo, mas se pelo contrário é pobrezinho, essa circunstancia também serve
para deitar a baixo, opinando os profetas da desgraça que sem dinheiro não têm
hipóteses.
Quanto aos
cavaleiros difere um pouco dos casos anteriores, porque tudo funciona também
em função dum patético clubismo.
Quem é do Zé
diz mal do Manel e do Xico, quem é do
Manel diz mal do Xico e do Zé, e assim sucessivamente.
A imprensa não
é solidária por invejoca, fazendo tábua rasa dos atropelos á liberdade,
sorrindo mesmo quando outros são atingidos.
A propósito de
inveja vou citar um excerto de um poema de Tere Penhabe que aconselho
vivamente a ler na totalidade.
“A
inveja sempre tenta
apagar a luz alheia é irmã do egocentrismo parente de gente feia que não agüenta sorrisos acha que não é preciso não há nada em que creia”.
Em função do
exposto acaba por ser natural que os invejosos tentem destruir o que não se pode possuir, negar o
que não se compreende, e no fundo insultar o que se inveja
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