MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Paulo Caetano 2º capitulo- O toureiro e o equitador...

 Depois de falar de Paulo Caetano como homem e como artista global, debruço-me hoje sobre o toureiro e o equitador


Como toureiro é justo afirmar que nos seus desempenhos a emoção foi sempre uma constante. Ao longo dos anos, possuído pela humildade dos grandes, foi enriquecendo o conhecimento do toiro dos terrenos e das distancias.

Nas sortes que desenhou lembro-me de duas que nao vi a mais ninguém. Foi em Manzanares montado no meio da arena no "Machaquito" (ferro B. Freixo) que esperou o toiro, cravando um ferro a quiebro. Atençºao... um ferro a quiebro no meio da arena numa sorte de gaiola nao é o mesmo que a mesma sorte desenhada perto da porta dos curros.

Com o cavalo "Tuti Lupi" vi este executar uma, duas, três e duna vez até quatro batidas no piton contrário antes da reunião. Tourear bem com sortes que fazem parte dos compêndios é muito difícil, fazer o que ninguém fez é de génio...

Toureou nas principais arenas de Portugal, Espanha e França e em todas deixou a marca do seu toureio.

De cavalos, eu que o comecei a ver com o "Peregrino" (Ferro Barata e Nechas) vou agora citar uns tantos pelos ferros aqueles de que não me lembro dos nomes, que por serem tao diferentes na raça, no temperamento e na morfologia dão a dimensão da sensibilidade hipica de Paulo Caetano. Em Amador o "Alves" não tinha nada que ver com o "Veiga", nem este com o  "Barahona" e nenhum destes se parecia ao "Amendoim". Mais tarde, como profissional, lembro-me do "Violino", dos "Trunfo", "Fungao", "Judá", "Tuti Lupi", "Bolero", "Sol", "Labirinto", "Ritmo", "Rex", "Estoque", "Nuryeve" e Vila Franca. Como podem ver quanto a raças, o hoje mestre foi do PSI , ao lusitano e aos luso-árabe e anglo - Luso.

Como equitador bebeu de várias fontes e eu vi, e em todas matou a sede de saber, quer com J. Parreira Cano, quer com o sr Visconde da Corte, com Gustavo Zenkl, com mestre Diogo Serrao, com Vitor Ribeiro e como seu tio Serra.

Depois deste percurso apaixonou-se pela dressage e em contacto com grandes cavaleiros Alemães descobriu que era possível a coabitação da sujeição do cavalo com a liberdade de iniciativa deste.

Por tudo o que disse e muito ficou por dizer, nomeadamente do seu papel, como criados de cavalos e toiros de lide, o Mestre Paulo Caetano ficará na história do toureio acavalo e da equitação..