Uma amizade longa, muito longa mesmo, une-me ao SENHOR Paulo Jorge Padrão Caetano...
Perante essa amizade não podia ficar indiferente aos seus 40 anos de alternativa e mais uns tantos de amador e praticante. Arrisco-me a dizer que ninguém o seguiu tanto como eu, tirando a familia...
Para dizer o que penso e sinto do maestro, ocuparia demasiado espaço, como tal decidi fracionar a expressão do meu sentir e da minha amizade em dois capítulos, o de hoje - O homem, o seu intelecto e o artista global...- e amanhã -Paulo Caetano o equitador e o toureiro.
A personalidade do meu amigo Paulo transvasa para além da equitação e da tauromaquia e mergulha na cidadania quando se assume e dá a cara na politica, na pintura que culturalmente conhece e pinta, no fado que admira domina e canta e nas letras escrevendo livros.
Escrever um livro é um acto de coragem, de cultura, de sensibilidade e de altruísmo.
De coragem porque vive naquele que escreve, sempre o medo de gorar as expectativas dos leitores.
De cultura porque na cultura de um povo pesa sobremaneira aquilo que os seus escreveram.
De sensibilidade, porque quem não é sensível não consegue dar vida àquilo que escreve.
Por fim é um acto de altruismo compartir com os outros, aquilo que nos é mais querido. Tão só os nossos sentimentos.
Tudo mas mesmo tudo o que foi deveras importante na sua vida de toureiro, dá corpo e alma ao talento que o levou a escrever.
O amor á família e aos amigos brota do coração, sem filtro até á pena.
O sentimento existe, o saber flutua no seu pensamento e o talento impregnou a escrita dos seus sentimentos...
Victor Hugo disse : "Todo o grande artista molda o seu conceito de arte à sua imagem."