O facto de nao ter havido Feira, deixou um mundo de frustrações...
A malta dos ténis, das calças de ganga e das sweatshir `s perdeu assunto de conversa, já não têm pra contar as pitas que comeram na feira, nem onde nem como, nem as bezanas que agarraram, nem as vezes que foram ao hospital de Torres Novas levar amigos em coma alcoólico, nem as porradas em que participaram ou as que assistiram.
As mulheres dos chapéus com penas de faisão ou perdiz e capotes tipo Alentejano de cores berrantes, já não criticam as toiletes das outras, o peso excessivo de todas, quem está divorciado e quem põe os cornos a quem.
Os donos de coudelarias com duas, três o máximo quatro éguas, perdem uma oportunidade soberana de presumir, bem como de achacar todo e qualquer exemplar que tenha ganho uma medalha.
Os coudeleiros á séria, sem feira perdem bons negócios e contactos com a estrangeirada e vêm esbater-se a possibilidade de deixar transparecer os complexos de superioridade que os distingue...
