As mamas e a publicidade..
Fui sempre um admirador confesso de José Vilhena e li muito do que escreveu.
Do texto introdutório do seu livro “os mamíferos” esgalhei estes pedaços de prosa:
A grande diferença entre as fêmeas dos mamíferos e as fêmeas dos outros animais reside nas mamas, embora haja outras distinções suplementares mas não despiciendas.
Uma coisa é certa: por muito desprendido que o mamífero homem queira ser, ninguém ousará negar que, sem mamas, este mundo seria mais pobre, mais árido e menos fofo… sejam as da falecida Marylin Monroe, ainda recordadas comovidamente; ou as descaídas e engelhadas de uma mulher africana (vulgo Preta); ou as de uma vaca turina, neste caso porque representam fontes do alimento mais revitalizante do mundo.
Sem mamas, não sei aliás o que iriam inventar para as capas da maioria das revistas, para os suplementos dos jornais diários ao domingo ou para o fecho do site “o Record Online”.
Sem mamas não se vendia nada. Elas aparecem na publicidade a dentrificos, a automóveis, motorizadas, electrodomésticos, madeira prensada, apartamentos mobilados ou não, computadores, papel higiénico, pneus de automóvel, baterias e tudo, mas mesmo tudo…
Já imaginaram há quantos anos as fábricas de pneus e baterias investem em mamas ao léu? Desde que me conheço que nas oficinas todos os anos existem o mesmo tipo de calendários…
É sobre estes dois últimos paragrafos que vou incidir esta crónica, mas antes queria citar da revista “só rir” um estudo, efectuado ao longo de 5 anos, com duzentos homens, que contemplaram 10 minutos ao dia os seios de uma mulher.
O dr, Karen Weatherby concluiu que esse exercício diário do olhar, é equivalente a meia hora de aeróbica, que se traduz num aumento de 5 anos na esperança média de vida.
Nota: Afinal os homens não são uns taradões, estão é preocupados com a saúde!!!
As mamas e a publicidade:
É aqui meus amigos que bate o ponto.
Os cartazes de publicidade a corridas de toiros estão vistos e revistos e por isso, gastos.
A mensagem só chega aos aficionados e muitas vezes mal.
É um facto indesmentível que ninguém olha p’rá careca do António Telles nem para a cabeleira loira de Rui Fernendes, nem p’ró sorriso pepsodente de todos os outros, nem para os toiros quer sejam apresentados em fotografia ou em desenhos estilizados.
Senhores empresários, experimentem a apresentar, umas mulheres de peito farto sentadas numa barreira ou a conversar com os toureiros no pátio de quadrilhas, ou a pedir um autografo a um cavaleiro montado… a cavalo, e vão ver o sucesso.
Não esqueçam que o homem é vidrado em mamas desde que nasce, ao ponto de as procurar ainda sem ver, embora á medida que vão crescendo, aprendam a mamar noutras coisas ( por exemplo o biberon e chupeta), pois são os únicos animais que mamam para satisfazer o supérfluo e que quanto mais mamam mais querem mamar ( vidé os putos já satisfeitos com a mamada, mas que continuam a procurar os peitos das mães), para já não falar nos políticos que são mamões inveterados.
Não estou a inventar nada no que toca a publicidade taurina, porque se formos ver cartazes antigos de Sevilha encontramos alguns com mensagem” mamal”, mais recatada como se impunha á época. Na minha opinião, nos dias de hoje só tinham que actualizar o modelo “peitaça”, chamemos-lhe assim, com mais superfície do busto á vista..
Para reforçar esta minha opinião, sugiro que façam a experiencia de pôr fotografias do mesmo automóvel, da mesma cor, a ser vendido por stands diferentes. Num automóvel ponham duas mulheres de mamas ao léu sentadas na capota, no outro ponham dois tipos musculados em tronco nu, ou ramos de flores, ou passarinhos etc etc. etc, e verificarão com um inquérito, que as mulheres desnudadas da cintura para cima, esmagam em percentagem de preferência todas as outras alternativas.
Senhores empresários, se querem alargar o mundo aficionado, têm que recorrer a publicidade agressiva e moderna, e essa passa por mamas aqui ( nos cartazes de toiros como é evidente ), e já !!!!