Crónica de Madrid...
Uma actuação defeituosa não apaga quase 40 anos de glória...
João Moura
Os aficionados esperavam uma tarde de glória para a despedida de João Moura de Madrid. No entanto só um João Moura num dia raro de inspiração poderia disfarçar a crise de cavalos que vivo o maestro de Monforte, motivada pelo facto de ter descurado de forma generosa a sua quadra em função das quadras dos seus filhos, numa atitude louvável de pai.
Madrid está exigente no toureio, e mais que isso, está muito mais exigente na classe dos cavalos que pisam "Las VENTAS", já lá vai o tempo em que víamos sobretudo a parar os toiros e no útimo tércio, cavalecos sem grande classe, hoje isso não se verifica, antes pelo contrário, as principais praças Espanholas são autenticas paradas de animais de grande classe. Logo aí, o Maestro Moura estava em desvantegem, e depois a emoção da alternativa do mais novo dos seus filhos toureiros, não deixou que desabrochasse o génio, e as lágrimas que deixou escapar no fim, foram o reflexo da sua toureria que naquele dia foi atraiçoada...
Conclusão; "Uma tarde má não pode apagar o que de bom fez ao longo da sua carreira..."
Pablo Hermoso de Mendonsa
Se no primeiro toiro esteve á altura do toureio previsivel que o cracteriza, no segundo o que mais saltou á vista, foi o cavalo castanho a atravessar-se no momento da reunião, obrigando o rejoneador a cravar a cilhas passadas. Matou bem e o público pediu uma orelha que a Presidência concedeu... e outra que o próprio rejoneador honestamente reconheceu que seria um exagero...
Miguel Moura
No toiro da alternativa esteve precipitado na hora de cravar, mas sobretudo a matar. No seu 2º deixou apontamentos agradáveis, que o público premiou exigindo-lhe a volta á praça.
Mais calmo a receber, foi no entanto nas bandarilhas que mais chegou aos público.