Li no Farpasblogue que o Presidente da Câmara de Estremoz, não permite que Francisco Cortes toureie na sua terra, sem que o pai do referido cavaleiro lhe peça públicas desculpas. Não quis acreditar, e esperei por um público desmentido que até este momento não chegou a aparecer.
Perante esta noticia e a ser verdade o seu conteúdo, lembrei-me que a grosso modo, atitudes deste tipo se encontram na Coreia do Norte, onde Kim Jong il manda matar todos os familiares dos adversários politicos, o mesmo acontecendo por vezes no "Estado Islâmico".
Qualquer pessoa quando é eleita para presidir a um Municipio, a partir da sua eleição, passa a ser o presidente de todos os munícipes do Concelho.
É pena que tal se passe, se acaso é verdade o que li, numa terra que tem na sua história um facto ditado pela paz que deve ser referência para os estremocenses, quando a Rainha Dª Isabel se deslocou a Estremoz para evitar a guerra entre D. Afonso IV de Portugal e D. Afonso XI de Castela.
Não tenho nada contra o presidente da Câmara que não conheço pessoalmente, antes pelo contrário, tenho estima e admiração pela sua coragem em reabilitar a Praça de toiros da sua Terra, como tenho a maior admiração pela Tertúlia de Estremoz que manteve acesa a chama da Tauromaquia nos anos em que a praça esteve interdita, que também se queixa de ser menosprezada pelo Municipio.
Quanto ao maestro José Maldonado Cortes, sou seu amigo e admirador há várias dezenas de anos, reconhecendo-lhe sempre educação e verticalidade de carácter em todo o mundo por onde alardeou a sua arte, que abrangeu os quatro continentes, e não vejo a ser indelicado sem razões fortes que o levem a passar-se.
A Praça não é do Senhor Presidente, como tal, este não pode dispor dela como coisa sua.
Neste País, tudo tem sido possivel aos politícos, desde mudarem de partido a seu belo prazer ( interesse), a defenderem um ideal contrário ao anterior, mas não podem trazer aos seus desempenhos, problemas estritamente pessoais...
