MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

A equitação de D. Ventura...

Telles, Ventura e Moura frente aos Canas dia 28 no Montijo


Conversa sobre equitação com Diego Ventura...


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Á conversa sobre equitação com Diego Ventura

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Falei com o DIEGO há há algum tempo. sobre equitação e toureio, e o artista, na sua rebeldia e no seu permanente inconformismo, revelou-me uma vez mais uma personalidade apaixonante e uma humildade que, só pode levá-lo mais e mais além.
Vive o toureio em cada segundo do dia, traçou uma linha artística própria, e convive com a fama e com o êxito com a tranquilidade dos eleitos.
O toureio é a sua vida, os cavalos a sua paixão, e na simbiose desta vida e desta paixão, encontramos um homem realizado mas não acomodado, como nunca irá estar acomodado ao longo da sua carreira, por temperamento e convicção.
Já o vi montar algumas vezes no picadeiro e no tentadero e fomos conversando a propósito do seu trabalho.
O seu conceito de equitação, não obedece a um trabalho clássico-académico, mas tem uma lógica técnico-prática de experiencia feita, que não deixa dúvidas, e que se reflecte no produto final do seu trabalho.
Disse-me que quando pega num cavalo, a sua preocupação primeira é descubrir-lhe a sua principal aptidão, e depois começa um trabalho especifico para o fim a que se destina, digo eu, da mesma maneira que hoje os atletas são trabalhados fisicamente consoante o papel que desempenham nas equipas. 
O trabalho de “Passo” é feito de forma simples, disciplinada e segura, que me transportou - uma vez mais, fazendo um certo paralelismo com o desporto -, ao aquecimento, aos alongamentos e á concentração com que os atletas iniciam o seu trabalho. Não pode ter mais lógica esta opção, e não pode ser mais inovadora…
No “trote” começam as encurvações ligeiras no tempo de execução, num contacto intermitente com a boca dos cavalos buscando a descontracção, e atirando nesse andamento  o cavalo para a aceitação da rédea contrária, fundamental no toureio.
Os exercícios de espáduas a dentro e ladeares, são executados com um ritmo e uma acção que não é vulgar.
Todos os exercícios são entremeados com flexibilizações do pescoço e maleabilizações da boca dos cavalos, rematando com as tão moralizadoras baixadas de descontração. As mudanças rápidas do exercício de cara ao muro, para garupa ao muro, são frequentes, mas é no trabalho de galope que reside, na minha opinião, o maior segredo do trabalho do cavaleiro.
Muitas passagens de mão, muito galope ao revés e sobretudo um deslizar sobre a espádua contrária com regresso á linha direita, numa aproximação ao que é exigido na sorte.
Na tourinha a exigência é muito maior que na vaca mansa. No remate da sorte surge sempre como adorno o galope ao revés numa mão ou noutra e as piruetas, tudo isto sem que limite a liberdade das montadas, mantendo-lhes intacta a sua personalidade artística.
Os “Parons” e as saídas a galope, levam-nos á doma vaquera no que esta tem de bom e espectacular.
Os ares de escola tem o brilhantismo que só os ginetes Andaluzes conseguem.
Falámos da sorte de matar e na forma como foi pioneiro de um novo desenho dessa sorte fundamental, e tudo o que me explicou teve lógica...
Aqui está parte do sgredo dos seus resultados...

Sobre rivalidades disse: Rivalidades não tenho, ou por outra, qualquer companheiro por muito amigo que seja, na praça, para mim é um rival.