MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

1º aniver. da morte de Mestre D. R. Telles...

Mestre David Ribeiro Telles, foi essencialmente um humanista.. 




 Do toureiro, do SENHOR, do aficionado, do mestre, do homem de campo e do amigo, já tudo foi dito, e por isso me debruçarei só no humanismo que fez de Mestre David Ribeiro Telles um homem raro.

 Pensando no estar e ser do Mestre, lembro-me que Humanismo, no sentido amplo, significa valorizar o ser humano e a condição humana acima de tudo, e está relacionado com a generosidade e a preocupação em valorizar os atributos e realizações humanas.

 Humanismo é a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância, com uma perspectiva de posturas éticas atribuindo a maior importância à dignidade, aspirações e capacidades humanas, tudo isto envolto numa serenidade profunda.
  
 Pensar em Mestre David faz-me refletir sobre o ético como condição de enraizamento e pertencimento a um mundo compartilhado. Mundo em que se cria valores e laços afetivos de entre o reconhecimento dos homens.

A relação do Mestre David, com os que o serviam e com etnias tantas vezes incompreendidas (por exemplo a etnia cigana ), foi um plasmar natural de humanismo em que o afecto se sobrepunha a tudo.
 
A sua amizade era verdadeira vinha do coração, mais do que isso, vinha da alma, e por isso, o que foi e fez durante a sua passagem pela vida, vai torná-lo numa referência para sempre...


Tive o privilégio de falar com este homem umas centenas de horas, de viajar com ele para Espanha e França á procura de cavalos, de  o ver montar, tourear e falar com paixão do campo ribatejano e da Festa, de escrever da sua vida no meu livro  "P'ra que a terra não esqueça...", de com a sua modéstia estar renitente em que eu o fizasse, mas de tudo isso o que mais me marcou na nossa amizade, foi sem sombra de dúvidas o seu humanismo que sempre conservou como coisa sagrada...

Por si Mestre, elevo os olhos ao céu, pelo respeito que me merece, pelo que consigo aprendi e pela nossa amizade...