Passagem de ano 2017/18
Aproximamo-nos a passos largos da passagem de ano 2017/18.
É quase obrigatório ser uma festa para toda a gente, vivida de várias maneiras consoante os gostos, as bolsas e os usos de cada um.
Nuns casos opta-se pelo convencional, do restaurante, casino ou clube privado, com fato e gravata e as senhoras com toillet a condizer. As cabeleireiras, esteticistas, manicures, massagistas e depiladoras (neste caso não sei pr’a quê nesta altura do ano), nestes dias não têm mãos a medir, e beneficiam o melhor que podem imagens gastas pela voragem do tempo.
Alguns casais acabam a noite bem, com revisão da matéria dada, outros nem tanto porque, os excessos de comes e bebes (neste caso incidindo mais nos homens) e as ciumeiras, porque o homem olhou mais e falou mais com fulana, e a mulher fez o mesmo com sicrano, seu ex namorado, levam a discussões feias..
Quanto aos excessos de uso da mesa ou do bar, as consequências resultam em:
1- Mau hálito.
2- Flatulências várias.
3- Chibanços no carro ou em casa.
4- Desbragamento de linguagem.
Qualquer destes casos não é edificante e arrasta o casal para um mau, péssimo ou mesmo horrível começo de ano.
Há ainda os que vão p’rá neve desfrutar dum frio do caraças, os que vão p’rá praia e não tomam banho, e os patuscos quiçá masoquistas, que mergulham no mar com a adrenalina da possível pneumoniazita.
A juventude quer é gozar, fazendo-se uns ás outras, outras aos uns, outros aos outros e outras ás outras, consoante a respectiva orientação sexual. Bebem tudo de esgalhão e alguns fumam uns charros.
Depois há aqueles que como eu quase se estão marimbando para a passagem de ano, mas não deixam de jantar á bruta, com os mesmos amigos com quem passam esta data há muitos anos, nunca em minha casa, onde não tenho árvore de Natal, nem presépio, nem Pais Natais enforcados nas varandas - até porque não tenho varandas -, nem luzinhas estendidas nos umbrais das portas, nem sininhos e coroasitas de verduras ou raminhos com bolinhas encarnadas ou douradas nas portas.
Do ritual comum só alinho nas passas á meia noite e no (bom) espumante (não confundir com espumoso ou com chanpanhoca) que por tradição é a minha única e exclusiva bebida dessa noite.
Vamos celebrar o novo ano e deixar cair no esquecimento 2017, desejando que os talentos e as virtudes dos homens dos toiros, se tornem proverbiais.
Bom “Ano Novo” caros Leitores.