Nunca fui apresentado a tal pessoa, porque sempre fugi a que isso acontecesse..
Alguem apelidou-a de dama de ferro numa comparaçao patética com Margaret Thatcher, esta que se notalilizou por ser corajosa, direta, racional, modesta, discreta, leal e fria.
Nada mais diferente da pessoa em causa...
A mulher de plástico, segundo um autor Brasileiro, é aquela que está fora do mundo porque passa ao lado dos assuntos importantes, bastando-lhe presumir...
Nada mais identificativo da pessoa em causa...
Em tempos idos, conheci "Madame Poli ", uma empresária taurina extraordinária de Arles, que muitos da minha idade e até mais novos também conheceram.
Madame Poli foi mulher do Celebre Matador Frances Poli 3º. Desde muito nova viveu o mundillo como boa Camarguesa que era.
Não caiu de paraquedas como empresária, nem ao abrigo de qualquer insolvencia e sempre arriscou o seu dinheiro no negócio taurino.
1º - Vestia discretamente. Nao usava macacoes que lhe fizessem ressaltar a dobra da pariçao e tinha a noçao da beleza e harmonia das cores, nao usando calças encarnadas com sapatos crémes.
2º - Nao levava marido, filhos, cao e gato para a trincheira embora fosse ela a empresária.
3º - Nao pisava a arena quase nunca e quando o fez teve o bom senso de nao ir de salto alto.
4º - Nao inventava homenagens para conhecer gente com historia a quem se pudesse insinuar.
5º - Nao assistia ás corridas na trincheira, mas sim numa coontra-barreira junto a uma entrada das bancadas perto do escritório.
6º - Vestia sempre um tailleur discreto e de fino gosto que nao passeava pela trincheira.
7º - Nunca tirava fotos com toureiros. Desse tipo de fotos, bastava-lhe as que tinha no escritório com o marido.
8´º - Nao presumia em refeiçoes (pagas por ela ou pela empresa) após as corridas com os tourreiros, por manter com estes uma relaçao distante porque profissional.
9º - Nao mudava de maquiage só por ser dia de corrida.
10º - Nao falava de tauromaquia, tema que dominava na perfeiçao, a menos que estivesse em ambiente restrito e quando isso, fazia-o com propriedade...
11º -Nunca inchava ou presumia... primava pela discriçao...
12º - Nao escolheu o marido para compor um livro sobre a história da arena de Arles.
13º - Nao tinha cartao de crédito da empresa...
Posto o que acabo de dizer, sao fáceis de concluir diferenças entre a saudosa Madame Poli e a nossa defunta dama de plástico, que ainda no festival da tauromaquia se apresentou impantemente patética no sorteio dos toiros onde nada tinha que fazer...
A sua aparição na Festa assemelhou-se ao efeito duma estrela cadente... do nada, sem se saber de onde veio nem para onde vai, surgiu no horizonte da afición e vai agora desaparecer naturalmente sem deixar rasto...
Da sua passagem pelo Campo Pequeno só me lembro, quando certa vez ao ir entregar mais um presente ao meio da arena, tropeçou e quase caiu...
Termino, sugerindo este epitáfio para a morte taurina da dama de plástico.
Aqui jaz quem tanto presumiu,
Até ser mandada para a ... que a ...iu.