MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quarta-feira, 11 de março de 2020

W C. Pequeno - Dama de ferro ou Dama de plástico»?

Na época das vacas gordas, quase todos se sabujavam á Drª Paula, tiravam-lhe fotos em todas posições, metiam conversa e davam-lhe  uma importância que nunca teve nem merecia...


Resultado de imagem para Drª paula m. resende c. pequeno

Nunca fui apresentado a tal pessoa, porque sempre fugi a que isso acontecesse..

Alguem apelidou-a de dama de ferro numa comparaçao patética com  Margaret Thatcher, esta que se notalilizou por ser corajosa, direta, racional, modesta, discreta, leal e fria. 
Nada mais diferente da pessoa em causa...

A mulher de plástico, segundo um autor Brasileiro, é aquela que está fora do mundo porque passa ao lado dos assuntos importantes, bastando-lhe presumir...
Nada mais identificativo da pessoa em causa...

Em tempos idos, conheci "Madame Poli ", uma empresária taurina extraordinária de Arles, que muitos da minha idade e até mais novos também conheceram.
Madame Poli foi mulher do Celebre Matador Frances Poli 3º. Desde muito nova viveu o mundillo como boa Camarguesa que era.
Não caiu de paraquedas como empresária, nem ao abrigo de qualquer insolvencia e sempre arriscou o seu dinheiro no negócio taurino.

1º - Vestia discretamente. Nao usava macacoes que lhe fizessem ressaltar a dobra da pariçao e tinha a noçao da beleza e harmonia das cores, nao usando calças encarnadas com sapatos crémes.
2º - Nao levava marido, filhos, cao e gato para a trincheira embora fosse ela a empresária.
3º - Nao pisava a arena quase nunca e quando o fez teve o bom senso de nao ir de salto alto.
4º - Nao inventava homenagens para conhecer gente com historia a quem se pudesse insinuar.
5º - Nao assistia ás corridas na trincheira, mas sim numa coontra-barreira junto a uma entrada das bancadas perto do escritório.
6º - Vestia sempre um tailleur discreto e de fino gosto que nao passeava pela trincheira.
7º - Nunca tirava fotos com toureiros. Desse tipo de fotos, bastava-lhe as que tinha no escritório com o marido.
8´º - Nao presumia em refeiçoes (pagas por ela ou pela empresa) após as corridas com os tourreiros, por manter com estes uma relaçao distante porque profissional.
9º - Nao mudava de maquiage só por ser dia de corrida.
10º - Nao falava de tauromaquia, tema que dominava na perfeiçao, a menos que estivesse em  ambiente restrito e quando isso, fazia-o com propriedade...
11º -Nunca inchava ou presumia... primava pela discriçao...
12º - Nao escolheu o marido para compor um livro sobre a história da arena de Arles.
13º - Nao tinha cartao de crédito da empresa...

Posto o que acabo de dizer, sao fáceis de concluir diferenças entre a saudosa Madame Poli e a nossa defunta dama de plástico, que ainda no festival da tauromaquia se apresentou impantemente patética no sorteio dos toiros onde nada tinha que fazer...

A sua aparição na Festa assemelhou-se ao efeito duma estrela cadente... do nada, sem se saber de onde veio nem para onde vai, surgiu no horizonte da afición e vai  agora desaparecer naturalmente sem deixar rasto...
Da sua passagem pelo Campo Pequeno só me lembro, quando certa vez ao ir entregar mais um presente ao meio da arena, tropeçou e quase caiu...
Termino, sugerindo este epitáfio para a morte taurina da dama de plástico.

Aqui jaz quem tanto presumiu,
Até ser mandada para a ... que a ...iu.