André Silva:
Jamais na vida pensei em escrever uma carta aberta a um deputado da Nação. Mas depois da sessão de ontem da nossa Assembleia da República vejo-me na obrigatoriedade de o fazer no mínimo para descanso desta alma inquieta e quiçá revoltada.
O caro deputado nasceu em Abril (quis o destino vir ao mundo no mês da liberdade ) do ano de 1976. Como tal,tornou-se cidadão de um país novo,livre e democrático.
Ficou dispensado das correntes prisioneiras do chamado Estado Novo. Nasceu em democracia e sempre viveu em democracia. Ainda bem para si.
Eu, pelo contrário conheci ambos os lados, vivi de perto as perseguições da Pide, a censura, o espectro da guerra colonial e mais tarde o serviço militar obrigatório.
Festejei e com o meu humilde contributo reforcei a plena democracia neste nosso país.
Assisti e vivi os momentos conturbados da implementação da vida democrática do nosso Portugal (é tão meu como seu ) e habituei-me a conviver com tudo e com todos .
Fruto de uma educação não rígida, mas básica cedo aprendi que não há portugueses de 1ª nem de 2ª, e como tal a lei é igual para todos.
Ao longo dos anos dei conta que afinal não é bem assim, e tudo fiz (através do meu voto) para alterar as coisas.
Assisti, na casa da democracia - a nossa Assembleia da República - a aprovação de Leis em relação às quais, estava ou não de acordo. Assisti a aprovação da legalização do aborto, a legalização do casamento por cidadãos do mesmo sexo, etc,etc,etc.
Vi chegar e partir diversas forças políticas com assento parlamentar.É o preço da democracia plena.
Agora, o que jamais podia imaginar é que, após anos de gestão democrática , um partido, neste caso o seu PAN ,promove-se uma tentativa de legalizar o racismo e a xenofobia, e isso foi o que o seu partido tentou executar no plenário de ontem 14 de Maio de 2020.
Pela primeira vez tenta-se institucionalizar via alteração de um decreto-lei a existência de portugueses de pleno direito e os outros a escória da sociedade portuguesa, as gentes do mundo tauromáquico.
O PAN, apresentou esta quinta-feira, 14 de Maio, uma alteração ao Decreto-Lei n.º 12-A/2020, que estabelece medidas excepcionais e temporárias relativas à pandemia da doença COVID-19, relativamente aos artistas e espectáculos.Até aqui estamos de acordo
A proposta do PAN,refere que todos os artistas e empresas devem ser alvo de um apoio por parte do Governo, sendo que no ponto 7 do projecto de Lei do Partido das Pessoas Animais e Natureza se pode ler que, “O apoio previsto no presente artigo não se aplica à actividade tauromáquica ou aos artistas tauromáquicos, qualquer que seja a sua modalidade.”
Meu caro André Silva, isto é a política no seu estado mais desprezível e ordinário.
A proposta foi apresentada esta quinta-feira, mas irá agora baixar à Comissão de Trabalho e Segurança Social, onde será analisada.
A situação de precariedade, o desemprego, a pobreza e já em alguns casos a fome (quem o diz é a Caritas, o Banco Alimentar contra a Fome e tantas outras Instituições públicas ou privadas) grassa actualmente a sociedade portuguesa e no caso específico no meio cultural e artístico. No ponto de vista do PAN, é urgente apoiar essa gente - e acredite são largas dezenas de portugueses - mas a qualquer cidadão português directamente ligado ao mundo tauromáquico, não, a esses não.
Esses podem estar sem ordenados, podem ver os seus bens penhorados ou podem não ter acesso a bens e serviços, na perspectiva do PAN, isso não é problema.
Já tinha visto de tudo, agora tentar legalizar o RACISMO e XENOFOBIA no seio da Sociedade Portuguesa……….
Se não é assim façam um boneco para eu entender……
Ficou dispensado das correntes prisioneiras do chamado Estado Novo. Nasceu em democracia e sempre viveu em democracia. Ainda bem para si.
Eu, pelo contrário conheci ambos os lados, vivi de perto as perseguições da Pide, a censura, o espectro da guerra colonial e mais tarde o serviço militar obrigatório.
Festejei e com o meu humilde contributo reforcei a plena democracia neste nosso país.
Assisti e vivi os momentos conturbados da implementação da vida democrática do nosso Portugal (é tão meu como seu ) e habituei-me a conviver com tudo e com todos .
Fruto de uma educação não rígida, mas básica cedo aprendi que não há portugueses de 1ª nem de 2ª, e como tal a lei é igual para todos.
Ao longo dos anos dei conta que afinal não é bem assim, e tudo fiz (através do meu voto) para alterar as coisas.
Assisti, na casa da democracia - a nossa Assembleia da República - a aprovação de Leis em relação às quais, estava ou não de acordo. Assisti a aprovação da legalização do aborto, a legalização do casamento por cidadãos do mesmo sexo, etc,etc,etc.
Vi chegar e partir diversas forças políticas com assento parlamentar.É o preço da democracia plena.
Agora, o que jamais podia imaginar é que, após anos de gestão democrática , um partido, neste caso o seu PAN ,promove-se uma tentativa de legalizar o racismo e a xenofobia, e isso foi o que o seu partido tentou executar no plenário de ontem 14 de Maio de 2020.
Pela primeira vez tenta-se institucionalizar via alteração de um decreto-lei a existência de portugueses de pleno direito e os outros a escória da sociedade portuguesa, as gentes do mundo tauromáquico.
O PAN, apresentou esta quinta-feira, 14 de Maio, uma alteração ao Decreto-Lei n.º 12-A/2020, que estabelece medidas excepcionais e temporárias relativas à pandemia da doença COVID-19, relativamente aos artistas e espectáculos.Até aqui estamos de acordo
A proposta do PAN,refere que todos os artistas e empresas devem ser alvo de um apoio por parte do Governo, sendo que no ponto 7 do projecto de Lei do Partido das Pessoas Animais e Natureza se pode ler que, “O apoio previsto no presente artigo não se aplica à actividade tauromáquica ou aos artistas tauromáquicos, qualquer que seja a sua modalidade.”
Meu caro André Silva, isto é a política no seu estado mais desprezível e ordinário.
A proposta foi apresentada esta quinta-feira, mas irá agora baixar à Comissão de Trabalho e Segurança Social, onde será analisada.
A situação de precariedade, o desemprego, a pobreza e já em alguns casos a fome (quem o diz é a Caritas, o Banco Alimentar contra a Fome e tantas outras Instituições públicas ou privadas) grassa actualmente a sociedade portuguesa e no caso específico no meio cultural e artístico. No ponto de vista do PAN, é urgente apoiar essa gente - e acredite são largas dezenas de portugueses - mas a qualquer cidadão português directamente ligado ao mundo tauromáquico, não, a esses não.
Esses podem estar sem ordenados, podem ver os seus bens penhorados ou podem não ter acesso a bens e serviços, na perspectiva do PAN, isso não é problema.
Já tinha visto de tudo, agora tentar legalizar o RACISMO e XENOFOBIA no seio da Sociedade Portuguesa……….
Se não é assim façam um boneco para eu entender……
Esqueci-me de dizer-lhe fui, sou e serei sempre um profissional tauromáquico, por muito que isso lhe custe, mas principalmente SEREI SEMPRE UM PORTUGUÊS PLENO DE DEVERES E DIREITOS.