Nos anos que vivi em Benavente, terra onde nasceram os meus filhos, entre a casa onde morei e a casa onde ele morava só havia uma pelo meio. Todos os dias nos encontrávamos e falávamos dos nossos filhos, do campo, de toiros e de cavalos. Quando abri a minha escola de equitação eram vulgares as suas visitas que nunca por nunca ser, tinham subjacentes o tirar a limpo, antes pelo contrário eram sim movidas pela paixão que tínhamos em comum. Recordo o desbaste que em determinada altura andava a levar a cabo com um poldro do nosso comum amigo Eng M. Lopo de Carvalho, fazendo-o á moda antiga com madrinha.
Do seu caracter ressaltava entre várias e honrosas qualidades, a humildade, humildade essa que o levava a nunca falar de si como Forcado nem como militar na guerra, ele que foi um dignissimo "Comando".
O homem modesto como o Zé Alberto tem tudo a ganhar e o orgulhoso tudo a perder: é que a modéstia tem sempre a ver com a generosidade e o orgulho com a inveja.
Tudo o que o Zé Alberto fez foi com modéstia, jogando a vaidade fora. Não tentando agradar a ninguém.
Agora que partiu lembro-me dele encarnado nesta frase celebre : "Ser amigo é... Ter amigos... E com pureza, cultivá-los a cada dia!"
Meu amigo Zé Alberto, esta é a minha simples homenagem que te escrevo "P´RA QUE A TERRA NAO ESQUEÇA."