A todas as Dªs. Claras
Como compreendo todas (os) as Claras Ferreira…meia altura, meia carne, meia-idade, bem disfarçada porque deve gastar por semana em besuntices para pôr na tromba, o equivalente áquilo que tiraria um velhinho da sobrevivência para a vivência, meio entendimento, porque eivados dumas ideologias morbosas, cuja etiqueta faz deles pessoas de bem. E quem ombreia com esta gente (?) em matéria de governança feita de bitaites…? O ponto de interrogação não é demérito, pelo contrário, é a constatação de simples terráqueos, que não têm a capacidade de entendimento de pensamentos superiores.
A História tem um efeito comparado. Ensina-nos como foi, como é, para que possamos preparar o futuro. Dizia-nos Wiston Churchill que quem não souber geografia e muito especialmente história não pode ser governante.
Concordo com a D. Clara na descrição que faz do anterior regime. Concordo, porque vi. Não vivi, mas convivi com a pobreza extrema. Gente que fervia a mesmas borras de café durante muitos dias e tomavam aquela beberagem para evitar os roncos do estomago e conseguirem adormecer. Gente que nunca precisou de levar os sapatos ao sapateiro. Gente que na meia-idade, já punham de parte a camisita com buracos nas costas, mas apresentável na frente, para serem enterrados com a dignidade que lhes foi roubada em vida. Eram condições infra-humanas.
E porquê D. Clara…? Porque fomos governados (?) por um ALDEÃO frustrado que descarregou em cima do Povo todo o seu atraso. Ninguém pode apagar este lapso de tempo. É histórico.
E agora D. Clara…? Somos governados (?) por uns quantos VILÕES que se organizaram muito bem, que se escolhem entre si, e o povo vota na sigla… Quem vota! Estabeleceram para si prebendas que roçam o inimaginável: Se lhes apetecer ir trabalhar têm um prémio de presença. Mas não é tudo, aqui cabem bem os “amanhãs que cantam”, com um pouco de sorte (?), porque não é preciso ser especializado, vão a ministro, secretário, subsecretário, assessor, assessor de assessor, etc. e depois rodam. Sabem administrar águas, eletricidade, telecomunicações, bancos, seguros, comboios, portos e aeroportos e tudo aquilo a que os Portugueses pagam rendas. Se não como administradores, vão como administradores não executivos, seja lá o que isso seja. Sabe quem são estes?
Pois é Dªs Claras, nós precisamos comparar as coisas. Hoje também há muita miséria e indignidade. Felizmente que temos os caixotes de lixo onde muitos, licenciados, vão a desoras matar a fome. Antigamente nem caixotes de lixo havia…era mais duro! O que perturba a mente é os bitateiros compararem o que lá vai, que só pessoas com sessenta anos podem lembrar, e não verem o que está debaixo dos olhos.
Digo licenciados, porque um canal TV fez eco disso. Quantos pais (plebe) não fizeram sacrifícios inimagináveis para pagar propinas (que deviam ser grátis e acesso por mérito) tirando o pão á boca e vendendo património e hoje vêm os filhos a fazer serviços indiferenciados, sendo o melhor, caixa de supermercado. Bem bom, e ainda há uns artigos fora de validade… Pois é, ninguém tem culpa, não são formados por Oxford nem por Harvard…onde, dizem…bem trabalhadas as coisas, pomos alguém a estudar por nós. É como cá. Ah claro …é preciso pagar!
O que seria deste povo, se não houvesse a Santa Casa da misericórdia, tanta sopa dos pobres, tanta IPSS, tanto banco alimentar contra a fome… .
Tal como não há padarias para ricos e pobres, também e de igual maneira não há farmácias. Vão pelas farmácias deste país e perguntem quantas pessoas deixam de comprar os medicamentos prescritos porque o dinheiro não chega. São os que recebem de pensão o equivalente a uns minutos dos que mais ganham. E reparem que já não há JOÃOS SEMANAS. Estes antigamente iam fazer domicílios e no meio de muitas doenças encontravam muita desnutrição e estados limites de fraqueza. Rabiscavam qualquer coisa no papel, cogitavam…cogitavam… e vinha a pergunta: -quanto é Sr. Doutor? Ele mirava em redor…metia o papel no bolso, puxava da carteira, tirava uma nota das pequenas (não tinha das grandes, as consultas não eram a 100 ou 150 como hoje) punha na mão do doente e dizia: Bom, o que tu tens não é muito grave, compra o que precisas e vais ficar bem.
No que toca a putas, antigamente era uma putice envergonhada e confinada às tascas do bairro alto e intendente, hoje estão por todo o lado, até em prédios de habitação familiar, a algumas chamam-lhes acompanhantes. Mas continuam a haver as da beira da estrada, coitadas (!) não são suficientemente dotadas! Só não vê, quem é sectário. Porque basta desfolhar os pasquins deste País, visitar os sites… e atentar numa pastoral (continuam a apascentar bem) de há meia dúzia de anos, que dizia que muita senhora/família tinha que fazer uns biscates na horizontal para manter o status da prole.
A foda é simultaneamente das coisas mais dignas e indignas. Digna, quando é feita com gosto, com denodo, quiçá…com algum esforço para satisfação das partes… até tirar a pele ao c..., o que só enobrece o ato. Indigna quando deixa calos na alma, porque os do corpo são mazelas que normalmente fazem dos mártires, santos.
Não me apetece escrever mais. Mas a jeito de epílogo digo: que se fodam as claras esquerdóides deste país.
El Diablo