V Festa do Forcado
A festa foi um êxito quanto á organização e quanto a público. Aquele numero de pessoas que esteve no Campo Pequeno dava para encher a praça de Évora.
A evocação da história do Forcado foi um espectáculo despretensioso mas bem conseguido.
Os veteranos fizeram aflorar á nossa ideia tardes de glória.
O recriar de ´sortes caídas em desuso foi um reavivar da história recente.
Os extra jovens transmitiram a certeza da continuação da "FESTA":
Duas notas negativas:
1 - A colhida de Paulo Pessoa de Carvalho que podia ter tido mais graves consequências. De realçar a aficcion do forcado soube bem para onde ía, pelas indicações que a vaca já tinha dado.
Já falámos com o Paulo para lhe desejar as melhoras e desejamos-lhe o mais rápido estabelecimento.
2 - A apoteose final da evocação da história dos forcados ter sido acompanhada ao som de um passodoble. Não havia necessidade...
Os jovens que tourearam a cavalo, têm que ser analizados tendo em conta que foi o primeiro contacto que tiveram com o público este ano e o peso do Campo Pequeno.
Maria Mira - Esteve concentrada e a tentar impôr rigor a tudo o que fez. Sem alardes nem preocupações excessivas com o público, mostrou evolução segura.
Manuel Vacas de Carvalho - Dignidade e vontade de fazer bem pairaram na sua actuação. Está bem a cavalo e continua a evoluir.
Cláudia Almeida - Chega com fracilidade ao público e é desembaraçada, sabe o que quer e é valente , isto é, tem tudo para ir mais longe.
Jacobo Botero - Saiu-lhe um novilho que se emparelhava com o cavalo e por isso não conseguiu dobrar-se.
Arreou um ferro, daqueles que qualquer figurão não desdenhava de assinar como seu.
Os forcados estiveram bem ou muito bem.
O concurso de cernelhas foi como sempre um grande espectáculo, quicá com mais ritmo que nos outros anos, e a isto não é alheio o trabalho de Carlos Cunha e Gonçalo C de Sá na locução.
Estão de parabéns os organizadores.