OBÉLIX: A HISTÓRIA DE UM GUERREIRO…
Para Ana Batista, a relação de companheirismo e cumplicidade com os seus cavalos é algo de muito especial. No entanto, dentro da arena, e diante do toiro, houve um cavalo que conquistou no coração da cavaleira um lugar privilegiado: A história do Obélix merece um capítulo à parte…
Ana Batista comprou o Obélix, com ferro Irmãos Serrano, com três anos de idade; e levou-o a debutar nas arenas, a 26 de Maio de 2002, na XXXVIII Corrida TV, na praça de toiros da Moita, com toiros de Francisco Romão Tenório. Segundo a cavaleira “De início, foi um cavalo muito generoso e desembaraçado, mas com o passar do tempo revelou-se um lidador nato, dobrando-se pelos dois pitóns e apoderando-se dos toiros com enorme facilidade.”
As temporadas de 2002 e 2003 foram para Ana Batista muito intensas, pois em ambas somou 52 actuações. Para o Obélix foi a “prova de fogo”. Mas o novato lazão evoluiu imenso e somou crédito. Com a maturidade que só os anos conferem, surgiram as melhores actuações de Ana Batista com o Obélix. A cavaleira recorda, particularmente, o triunfo que teve na noite da confirmação da sua Alternativa, no dia 20 de Julho de 2006, com toiros de Pinto Barreiros, na Monumental do Campo Pequeno. Montada no Obélix, a actuação teve impacto junto dos aficionados mais exigentes. Mas outras houve com o Obélix. Como a do dia 13 de Maio de 2007 em Salvaterra de Magos, com toiros de Irmãos Dias; ou a do dia 15 de Agosto de 2009 na praça de toiros da Nazaré, com toiros de Cunhal Patrício.
Hoje o Obélix também pode ser lembrado como um cavalo versátil. Para além de ter grande facilidade em adaptar-se às mudanças de comportamento de cada toiro; com ele, a sua cavaleira teve actuações de princípio a fim, cravou pares de bandarilhas e pôs ferros de violino…
O Obélix actuou pela última vez, a 18 de Agosto de 2009 na praça de toiros de Albufeira, com toiros das Sesmarias Velhas. Todavia, a sua história não chegou ao fim. Também como reprodutor já tem provas dadas. Da quadra de Ana Batista, actualmente, fazem parte o Obélix II (ferro João Batista) e o Obélix III (ferro Pedro Lapa).
Não só pelas suas aptidões para o toureio, mas, acima de tudo, pelo que representou para a trajectória nas arenas da sua cavaleira; quando dele se fala, o rosto de Ana Batista espelha entusiasmo, mas ao mesmo tempo saudade…
