Os Passanhas fizeram as pazes com o público de Lisboa
Mais uma aposta ganha pela sociedade Campo Pequeno.
Com Três quartos de casa fortes, houve maestria e houve triunfos.
Os toiros de Passanha, eximiamente apresentados como é seu apanagio, cumpriram com dignidade e tiveram até em vários momentos, aquele bocadinho de emoção que por vezes lhes falta.
Enhora Buena Diogo Passanha.
Miguel Moura
- Em noite de alternativa, saiu com ganas e correspondeu ao que o publico espera dele. Aquele curto com cavalo ferro Nano bravo, em que recua meia praça na cara do toiro, e que por infelicidade acabou por bater numa bandrilha e cair, era possivelmente o melhor da temporada na Catedral Lisboeta. Rematou no fim com dois palmitos no Pinguim.
João Moura
- Uma lide maestria, onde fez tudo bem, e em que esteve sempre por cima do oponente.
Joaquim Bastinhas
- Como Dali nunca pintou um mau quadro. O maestro de Elvas nunca está mal. Uma lide ritmada e em que arriscou, sobretudo no par de banderilhas com o corredor muito fechado.
Marcos Bastinhas
- Tal pai, tal Filho. Alegre, artista e de Reportório variado, fechou assim em bom plano as lides singulares.
João e Miguel Moura
- Boa lide a duo, sem abusarem muito dos Ressaltos. Fizeram o que manda a regra, o que um faz o outro imita, mostrando aqui recursos que para uma época que se augura boa.
Joaquim e Marcos Bastinhas
- Ver os dois a tourear a duo, faz-me transportar para a plateia do Majesty em Londres, a assistir ao Musical ''Cats''. Seguindo o mesmo guião, é sempre diferente. É uma grande performance, onde tudo é pensado e repensado ao pormenor. Onde tudo é espectáculo.
No fim voltas para os quatro artista com chamada do ganadero à praça.
Grupos de Portalegre, Monforte e Elvas, corresponderam com dignidade, com destaque para os de Portalegre com uma actuação mais redonda e pra a grande pega de Nelson Batista deste grupo.
Jaime Cortesão