segunda-feira, 29 de junho de 2015
O tal canal p´ra mim. já deu..
Quem nasce torto, tarde ou nunca se endireita...
Fui convidado pelo meu amigo Luís Pombeiro para colaborar num novo canal de televisão, e aceitei o convite por vir de quem vinha.
No 1ºprograma, comecei a ficar desiludido com o facto de se anunciar que o mesmo ía para o ar ás 22h de um dia, e o mesmo só ter aparecido nos televisores na tarde do dia seguinte. No 2º programa cortaram parte da minha intervenção sem me justificar, no terceiro desconsideraram uma pessoa minha amiga, entrevistando-a e não publicando a entrevista. Entretanto o atraso na apresentação do programa agravava-se semana a semana.
Anda muito aguentei eu, porque se o amadorismo enquanto tal é respeitável, já o mesmo não me merece respeito quando estão em jogo outras posturas ainda que não sejam maldosas...
Quero que fique claro, que o meu amigo Dr. Luís Pombeiro nada tem que ver com esta situação, e a nossa amizade é inabalável..
Para mim acabou, o Tal Canal p'ra mim já deu...
Fui convidado pelo meu amigo Luís Pombeiro para colaborar num novo canal de televisão, e aceitei o convite por vir de quem vinha.
No 1ºprograma, comecei a ficar desiludido com o facto de se anunciar que o mesmo ía para o ar ás 22h de um dia, e o mesmo só ter aparecido nos televisores na tarde do dia seguinte. No 2º programa cortaram parte da minha intervenção sem me justificar, no terceiro desconsideraram uma pessoa minha amiga, entrevistando-a e não publicando a entrevista. Entretanto o atraso na apresentação do programa agravava-se semana a semana.
Anda muito aguentei eu, porque se o amadorismo enquanto tal é respeitável, já o mesmo não me merece respeito quando estão em jogo outras posturas ainda que não sejam maldosas...
Quero que fique claro, que o meu amigo Dr. Luís Pombeiro nada tem que ver com esta situação, e a nossa amizade é inabalável..
Para mim acabou, o Tal Canal p'ra mim já deu...
CAVALO que vai dar que falar,,,,
Este vai ser craque...
Passei por casa dos meus amigos Travessas e vi este cavalo da foto, montado. Impressionou-me de tal maneira que me leva a dizer : Este vai ser craque,,
Passei por casa dos meus amigos Travessas e vi este cavalo da foto, montado. Impressionou-me de tal maneira que me leva a dizer : Este vai ser craque,,
CRÓNICA DE MONTIJO...
Quando há competição as corridas têm mais sabor
Com meia casa forte, assistiu-se a uma corrida em que estiveram em confronto três conceitos diferentes de toureio, com o que isso tem de positivo, e o público viveu momentos de grande emoção...
Desde o principio da temporada que defendo os carteis de competição como forma de entusiasmar o público.
JOÃO MOURA CAETANO
Se a sua actuação no primeiro toiro que lidou foi boa, no seu segundo transcendeu-se dando dimensão á arte que o acompanha.
Ao primeiro cravou compridos dando todas as vantagens ao inimigo, numa sorte que só ele pratica, para depois cumprir o tércio de bandarilhas com batida á distância que o toiro - que não era fácil -permitia.
De salientar, as escolhas correctas de Moura Caetano, dos terrenos e distâncias, que são a base de qualquer lide...
No Segundo toiro esteve ao seu melhor nivel, lidando de forma pensada numa demonstração de segurança e mando. Um dos compridos que cravou de praça a praça é com certeza um dos melhores, senão mesmo o melhor, que se verá esta temporada. Seguiu-se o tércio de bandarilhas montando o Temperamento em grande, e ainda se adornou no fim com ferros e cites espectaculares com o Zeus, redondeando o seu desempenho e justificando o prémio para a melhor lide que - caso raro - não foi minimamente contestado.
Afirmou nesta noite o seu toureio muito peculiar...
JOÃO MOURA JR.
Está num momento extraordinário da sua carreira, que desta vez não conseguiu demonstrar, dada a qualidade do lote que lhe tocou, indiscutivelmente o pior da noite. Se no primeiro toiro ferro "VINHAS" ainda conseguiu sacar partido. embora não lhe permitisse os ladeares que adornam normalmente os seus desempenhos, no segundo "Culhal Patrício" nada mais podia fazer perante um manso daquele calibre.
Foi pena terem-lhe tocado os piores toiros, porque o público merecia um Moura JR em pleno...
MARCOS BASTINHAS
Provou no Montijo estar no melhor momento da sua carreira, a qual todavia aponta para uma considerável margem de progressão.
Em primeiro lugar saiu-lhe um "Vinhas" com problemas, ao qual cravou os compridos montando o cavalo novo de Ferro "João Diniz", sendo o 2º muitissimo bom. Nas bandarilhas expôs-se ao máximo conseguindo bons ferros, e um toque que levou não deslustra esta sua actuação. Quem pisa aqueles terrenos sujeita-se.
Terminou esta lide com um gesto de honestidade toureira, cravando um par a duas mãos de dificil execução, dado o toiro ter-se refugiado em tábuas.
No 2º toiro, com a alegria costumeira e o ritmo que é seu apanágio, conseguiu uma lide ao seu estilo redonda. Recebeu no "Capa Negra" com recortes vistosos e ferros que chegaram ao público, para depois montado no mesmo cavalo, cravar um enorme curto em sorte clássica. Foi no entanto com o cavalo Frro "Braga", a estrela da companhia, que mais chegou ao público numa série plena de emoção.
FORCADOS :
Boas prestações dos grupos de Montijo e Alcochete, com destaques para João Damásio (Montijo, que ganhou o prémio em disputa) e para o jovem António josé Cardoso (Alcochete) um verdadeiro senhor na cara do toiro...
Com meia casa forte, assistiu-se a uma corrida em que estiveram em confronto três conceitos diferentes de toureio, com o que isso tem de positivo, e o público viveu momentos de grande emoção...
Desde o principio da temporada que defendo os carteis de competição como forma de entusiasmar o público.
JOÃO MOURA CAETANO
Se a sua actuação no primeiro toiro que lidou foi boa, no seu segundo transcendeu-se dando dimensão á arte que o acompanha.
Ao primeiro cravou compridos dando todas as vantagens ao inimigo, numa sorte que só ele pratica, para depois cumprir o tércio de bandarilhas com batida á distância que o toiro - que não era fácil -permitia.
De salientar, as escolhas correctas de Moura Caetano, dos terrenos e distâncias, que são a base de qualquer lide...
No Segundo toiro esteve ao seu melhor nivel, lidando de forma pensada numa demonstração de segurança e mando. Um dos compridos que cravou de praça a praça é com certeza um dos melhores, senão mesmo o melhor, que se verá esta temporada. Seguiu-se o tércio de bandarilhas montando o Temperamento em grande, e ainda se adornou no fim com ferros e cites espectaculares com o Zeus, redondeando o seu desempenho e justificando o prémio para a melhor lide que - caso raro - não foi minimamente contestado.
Afirmou nesta noite o seu toureio muito peculiar...
JOÃO MOURA JR.
Está num momento extraordinário da sua carreira, que desta vez não conseguiu demonstrar, dada a qualidade do lote que lhe tocou, indiscutivelmente o pior da noite. Se no primeiro toiro ferro "VINHAS" ainda conseguiu sacar partido. embora não lhe permitisse os ladeares que adornam normalmente os seus desempenhos, no segundo "Culhal Patrício" nada mais podia fazer perante um manso daquele calibre.
Foi pena terem-lhe tocado os piores toiros, porque o público merecia um Moura JR em pleno...
MARCOS BASTINHAS
Provou no Montijo estar no melhor momento da sua carreira, a qual todavia aponta para uma considerável margem de progressão.
Em primeiro lugar saiu-lhe um "Vinhas" com problemas, ao qual cravou os compridos montando o cavalo novo de Ferro "João Diniz", sendo o 2º muitissimo bom. Nas bandarilhas expôs-se ao máximo conseguindo bons ferros, e um toque que levou não deslustra esta sua actuação. Quem pisa aqueles terrenos sujeita-se.
Terminou esta lide com um gesto de honestidade toureira, cravando um par a duas mãos de dificil execução, dado o toiro ter-se refugiado em tábuas.
No 2º toiro, com a alegria costumeira e o ritmo que é seu apanágio, conseguiu uma lide ao seu estilo redonda. Recebeu no "Capa Negra" com recortes vistosos e ferros que chegaram ao público, para depois montado no mesmo cavalo, cravar um enorme curto em sorte clássica. Foi no entanto com o cavalo Frro "Braga", a estrela da companhia, que mais chegou ao público numa série plena de emoção.
FORCADOS :
Boas prestações dos grupos de Montijo e Alcochete, com destaques para João Damásio (Montijo, que ganhou o prémio em disputa) e para o jovem António josé Cardoso (Alcochete) um verdadeiro senhor na cara do toiro...
sexta-feira, 26 de junho de 2015
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Conversa sobre equitação com Diego Ventura...
Á conversa sobre equitação com Diego Ventura
Falei com o DIEGO sobre equitação e toureio, e o artista, na sua rebeldia e no seu permanente inconformismo, revelou-me uma vez mais uma personalidade apaixonante e uma humildade que, só pode levá-lo mais e mais além.
Vive
o toureio em cada segundo do dia, traçou uma linha artística própria, e convive
com a fama e com o êxito com a tranquilidade dos eleitos.
O
toureio é a sua vida, os cavalos a sua paixão, e na simbiose desta vida e desta
paixão, encontramos um homem realizado mas não acomodado, como nunca irá estar
acomodado ao longo da sua carreira, por temperamento e convicção.
Já o vi montar algumas vezes no picadeiro e no tentadero e fomos conversando a propósito do seu trabalho.
O
seu conceito de equitação, não obedece a um trabalho clássico-académico, mas
tem uma lógica técnico-prática de experiencia feita, que não deixa dúvidas, e
que se reflecte no produto final do seu trabalho.
Disse-me que quando pega num cavalo, a sua preocupação primeira é descubrir-lhe a sua principal aptidão, e depois começa um trabalho especifico para o fim a que se destina, digo eu, da mesma maneira que hoje os atletas são trabalhados fisicamente consoante o papel que desempenham nas equipas.
O
trabalho de “Passo” é feito de forma simples, disciplinada e segura, que me transportou - uma vez mais, fazendo um certo paralelismo com o desporto -, ao aquecimento, aos alongamentos
e á concentração com que os atletas iniciam o seu trabalho. Não pode ter mais
lógica esta opção, e não pode ser mais inovadora…
No
“trote” começam as encurvações ligeiras no tempo de execução, num contacto
intermitente com a boca dos cavalos buscando a descontracção, e atirando nesse
andamento o cavalo para a aceitação da
rédea contrária, fundamental no toureio.
Os
exercícios de espáduas a dentro e ladeares, são executados com um ritmo e uma
acção que não é vulgar.
Todos
os exercícios são entremeados com flexibilizações do pescoço e maleabilizações
da boca dos cavalos, rematando com as tão moralizadoras baixadas de
descontração. As mudanças rápidas do exercício de cara ao muro, para garupa ao
muro, são frequentes, mas é no
trabalho de galope que reside, na minha opinião, o maior segredo do trabalho do
cavaleiro.
Muitas
passagens de mão, muito galope ao revés e sobretudo um deslizar sobre a espádua
contrária com regresso á linha direita, numa aproximação ao que é exigido na
sorte.
Na
tourinha a exigência é muito maior que na vaca mansa. No remate da sorte surge
sempre como adorno o galope ao revés numa mão ou noutra e as piruetas, tudo isto sem que limite a liberdade das montadas, mantendo-lhes intacta a sua personalidade artística.
Os
“Parons” e as saídas a galope, levam-nos á doma vaquera no que esta tem de bom
e espectacular.
Os
ares de escola tem o brilhantismo que só os ginetes Andaluzes conseguem.
Falámos da sorte de matar e na forma como foi pioneiro de um novo desenho dessa sorte fundamental, e tudo o que me explicou teve lógica...
Aqui está parte do sgredo dos seus resultados...
Aqui está parte do sgredo dos seus resultados...
Sobre rivalidades disse: Rivalidades
não tenho, ou por outra, qualquer companheiro por muito amigo que seja, na
praça, para mim é um rival.
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Paulo Caetano - P'ra que a terra não esqueça...
Paulo Caetano, o toureiro, o cavaleiro, o homem e o cidadão
Normalmente fala-se dos homens que vivem na sua actividade uma paixão na vida, e a ela se dedicam de alma e coração, com o respeito que nos merecem todos aqueles que saem da penumbra do dia a dia.
Falar do mestre Paulo Caetano, é olhar para um universo de interesses, que envolve a equitação toureira e a clássica passando pelos raids, é falar ao mesmo tempo dum criador de eleição de cavalos e toiros, dum expert na vivência de lavrador empenhado, é reconhecer nele um "businesse man" com provas dadas, é atender ao seu contributo para a cultura com obras publicadas, é admirar a sua participação num registo de cidadania assumida com dignidade e sem complexos, tendo ainda tempo para se manter actualizado com o que se passa em Portugal e no mundo, e ainda de forma lúdica ser apreciador entendido das outras artes que não a taurina, como pintura, música e a arte de Talma.
A tudo isto há que juntar a qualidade humana, que paralelamente ao trato afável, faz com que saiba ser amigo de verdade, amigo incondicional, num mundo onde esse conceito está abastardado, e a que junta o conceito de familia que cada vez é mais importante, num mundo em que a instituição familia é dissolvida por dá cá aquela palha, e perante esse facto, o disfuncionalismo reinante envenena a sociedade.
No fundo da forma de ser de Paulo Caetano, ressalta a arte num trabalho de intelectualização, cuja operação consiste na obra de arte como coisa não só pensada, mas feita, resultando daí a inspiração e espontaneidade, como necessidades orgânicas.
Do meu amigo Paulo Caetano, como homem espero sempre mais e coisa diversa daquilo que já fez, porque tenho a certeza que o seu papel na sociedade está inacabado e é inacabável por ser uma pessoa sempre aberta ao futuro, porque nunca será um homem total e não o será jamais. Por isso só há um modo de pensar o futuro deste homem, concebendo-o como um processo natural, análogo àquele que respeita aos objectivos a que se propõe, que por natureza têm um alcance ilimitado, e ao qual se junta uma familia com visibilidade na sombra.
Por ser verdade tudo o que escrevi, aqui fica o meu simples contributo para a a sua história "P'RA QUE A TERRA NÂO ESQUEÇA"...
Normalmente fala-se dos homens que vivem na sua actividade uma paixão na vida, e a ela se dedicam de alma e coração, com o respeito que nos merecem todos aqueles que saem da penumbra do dia a dia.
Falar do mestre Paulo Caetano, é olhar para um universo de interesses, que envolve a equitação toureira e a clássica passando pelos raids, é falar ao mesmo tempo dum criador de eleição de cavalos e toiros, dum expert na vivência de lavrador empenhado, é reconhecer nele um "businesse man" com provas dadas, é atender ao seu contributo para a cultura com obras publicadas, é admirar a sua participação num registo de cidadania assumida com dignidade e sem complexos, tendo ainda tempo para se manter actualizado com o que se passa em Portugal e no mundo, e ainda de forma lúdica ser apreciador entendido das outras artes que não a taurina, como pintura, música e a arte de Talma.
A tudo isto há que juntar a qualidade humana, que paralelamente ao trato afável, faz com que saiba ser amigo de verdade, amigo incondicional, num mundo onde esse conceito está abastardado, e a que junta o conceito de familia que cada vez é mais importante, num mundo em que a instituição familia é dissolvida por dá cá aquela palha, e perante esse facto, o disfuncionalismo reinante envenena a sociedade.
No fundo da forma de ser de Paulo Caetano, ressalta a arte num trabalho de intelectualização, cuja operação consiste na obra de arte como coisa não só pensada, mas feita, resultando daí a inspiração e espontaneidade, como necessidades orgânicas.
Do meu amigo Paulo Caetano, como homem espero sempre mais e coisa diversa daquilo que já fez, porque tenho a certeza que o seu papel na sociedade está inacabado e é inacabável por ser uma pessoa sempre aberta ao futuro, porque nunca será um homem total e não o será jamais. Por isso só há um modo de pensar o futuro deste homem, concebendo-o como um processo natural, análogo àquele que respeita aos objectivos a que se propõe, que por natureza têm um alcance ilimitado, e ao qual se junta uma familia com visibilidade na sombra.
Por ser verdade tudo o que escrevi, aqui fica o meu simples contributo para a a sua história "P'RA QUE A TERRA NÂO ESQUEÇA"...
O humor na "FESTA"....
Ridendo castigat mores
A famigerada crise, o défice de humor da nossa sociedade, e o mundo taurino, levaram-me á pretensão, nada fácil por sinal, de parir humor.
A famigerada crise, o défice de humor da nossa sociedade, e o mundo taurino, levaram-me á pretensão, nada fácil por sinal, de parir humor.
Em algumas das minhas crónicas, pretendo ter graça (será que consigo?) partindo de anedotas ou
de histórias pitoresca, que projecto umas vezes mais outras menos, no “Mundillo”.
Começo
pela história do tipo descarado que foi surpreendido pelo marido da amante, na
cama, na residência do casal.
O
marido enganado não achou graça e deu um ensaio de porrada ao intruso em
grande, e quando se preparava para o atirar todo esmurrado pela porta fora, o descarado
pediu-lhe: “ deixe-me ao menos dar um beijo de despedida á sua mulher”. Respondendo
então o marido enganado: “Está bem… Mas não abuse”.
O
tipo além do petardo de ter sido agarrado em flagrante, pelo marido da amante, abonou-se
á bruta de descaramento, enquanto o corno se encharcou de paciência patética ...
É exactamente
sobre o descaramento que me vou debruçar.
Diccionário:
Descaramento = Falta de vergonha; desfaçatez;
desaforo; ousadia; atrevimento.
No
“mundillo” o descaramento acontece tão frequentemente como acontecem os casos
de adultério na sociedade.
Alguns
empresários anunciam nas praças pesos dos toiros que nada têm que ver com os reais,
com um atrevimento incrível.
Alguns
grupos de forcados com a maior
desfaçatez, dão como consumadas pegas quando tal na realidade não
aconteceu.
Em Espanha há Matadores, que não podendo com os toiros lhes tiram a investida mandando-os picar
demasiado ou simplesmente tirando-lhes a muleta da cara sucessivamente,
denotando a maior falta de vergonha.
E
quanto a cavaleiros, alguns ultrapassam largamente todos os limites de velocidade na execução das sortes, com ousadia
de pasmar.
A
apresentação de alguns curros, para já não falar de animais mandados para
Festivas, roçam ou mesmo entram pelo perímetro do desaforo.
Moral
da História: Qualquer destes exemplos de descaramento não está longe em
volumetria, do que exibiu o gajo da história inicial, quando apanhado pelo
corno, enquanto nós, os aficionados, encarnamos o papel dos cabrões, salvo
seja, que sucumbimos ao atrevimento, á desfaçatez, á falta de vergonha, á
ousadia e ao desaforo de quem nos trai.
terça-feira, 23 de junho de 2015
Cavalo Amoroso, o tal que não serve para garanhão...
AMOROSO ganhou o prémio da APSL de melhor cavalo de toureio de 2015, mas não serve para garanhão por decisão de uns iluminados...
Quem entende isto ????
Touradas - Ó minha prima Felicia...
Oh! Minha prima Felicia…
Tenho dois amigos que volta e meia quando nos encontramos, recordamos do livro “A Capital” de Eça de Queirós, uma passagem que os três achamos genial e de graça profunda e que eu resumirei para quem nunca leu o livro.
Numa casa em Coimbra vivia um grupo de estudantes intelectuais que divagavam a propósito de tudo, com citações e discussões filosóficas. No grupo havia um estudante a que os outros chamavam “Pote Sem Alma” por ser gordo e pouco inteligente, marcado por uma paixão ardente pela sua prima de nome Felícia, que acabou por o trair com um morgado dos arredores de Bragança.
O dito “Pote sem alma” ao deitar-se e mesmo várias vezes ao dia lembrava-se da prima e com pensamento carnal dizia invariavelmente, isto: “ Oh! Prima Felícia se eu te pilhasse agora aqui…”
Um certo dia um dos intelectuais sugeriu ao “Pote”, que desse aos seus lamentos uma expressão literária e nobre, e foi então que um dos presentes sugeriu que o pobre homem dissesse:
“Oh! Minha prima Felícia! Nem minha nem nunca mais! Desertos, desertos prados! Tristes, tristes areais!
A partir do momento em que lhe escreveram tão bela frase, todas as noites, o Pote-sem-Alma, depois de ter arranjado a cama, com o gabão aos pés, deitava-se, entalava a roupa nos ombros, dava um ah! regalado de gozo, e com o nariz fora dos lençóis, soltando toda a voz, bramava no silêncio, para que os outros ouvissem:
Oh! minha prima Felícia! Nem minha, nem nunca mais!
Desertos, desertos prados! Tristes, tristes areais!
E mais baixinho ( para que os outros não ouvissem), torcendo-se e roncando de concupiscência: – Oh, menino, que se a pilhasse agora aqui!
Este trecho tirado de “A Capital” inspirou-me, e embora não muito a propósito, dei por mim a pensar em certos casos que se passam no “Mundillo”.
O problema de muitos dos que escrevem de toiros e não só, é dizerem o que lhes chega sem assumir o que pensam na realidade ou assumindo só em voz baixa.
Estou a imaginar alguém a propósito de corridas de carteis repetitivos e sem emoção , a escrever de forma patética com servilismo: Oh! Corrida de toiros! nem minha, nem nunca mais!
Desertos, desertos prados! Tristes, Tristes areais! ( areal significava o deserto de emoção e interesses puramenteinte artísticos).
E depois em voz baixa, acrescentar: “Oh se eu pilhasse aqui o responsável pelo montagem deste cartel…”
È evidente que hoje muitos vão aos toiros como a malta nova vai a um torneio escolar de badminton, vão porque sentem um impulso inexplicável, mas passada meia hora repetitiva, sem emoção e entorpecedora de acção, saem de lá chateados e fartos.
Até quando o público aficionado aguentará este estado de coisas?
É fundamental que as corridas tenham emoção, e que toda a gente ( sobretudo a imprensa) pugne por isso, doutra maneira, o pessoal sente-se traído e não tardará a fartar-se e a invectivar as corridas com frases duras e grosseiras ou então, o que vai dar ao mesmo, com expressões literárias e nobres do tipo:
“Oh! Corridas de toiros! Nem minhas nem nunca mais! Desertos, desertos prados! Tristes, Tristes areais!”.
Mas o pior são as situações que levam á falta de emoção, e que fazem com que muita gente deixe de ir aos toiros…
Atenção: As corridas que se arrastam durante três horas sem emoção, incomodam quase tanto como um exame á próstata com a duração de 30 minutos.
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Amanhã - Apresentação da corrida de Portalegre...
Apresentação da corrida de toiros de Portalegre
Esta apresentação decorre no José Régio Hotel, Largo António José Lourinho (Rossio) Portalegre, no dia 23 de Junho pelas 19.00h.
Esta apresentação decorre no José Régio Hotel, Largo António José Lourinho (Rossio) Portalegre, no dia 23 de Junho pelas 19.00h.
Crónica do Cartaxo...
Uma boa corrida proporcionada por excelente curro "Pinto Barreiros
Com uma casa bem composta de público, assistiu-se a uma corrida em que os toureiros e os grupos de Forcados estiveram ao seu melhor nivel, e os campinos brilharam com a efectividade do seu trabalho.
JOAQUIMA BASTINHAS
O 2º comprido e o 1º curto de grande verdade, marcaram uma actuação que decorreu ao seu melhor nivel e á qual não faltou o habitual bandarilhar a duas mãos.
GILBERTO FILIPE
Mostrou um toureio seguro, com brega adequada num repouso louvável. Com bons ferros numa permanente procura da verdade, marcou a sua actuação, confirmando o que dele esperam os aficionados.
M. R. TELLES BASTOS
Com uma excelente série de curtos, esteve ao seu melhor nivel.
MARCOS BASTINHAS
Depois de bons compridos e dois excelentes curtos precedidos de brega vistosa, foi colhido com violência - só é colhido assim quem pisa aqueles terrenos-, mas rápidamente montou o mesmo cavalo e cravou um ferro ao nivel dos dois primeiros. Terminou com dois pares a duas mãos que empolgaram ainda mais o público.
PARREIRITA CIGANO
Sempre vimos coisas boas a este jovem, mas neste dia suplantou tudo o que se poderia esperar.
Esteve bem a lidar e cravou ferros importantes, sendo de antologia o último curto.
Com cavalos cruzados nada fáceis, esteve á altura como ginete.
DAVID GOMES
Tocou-lhe o toiro menos bom da corrida o que prejudicou a sua actuação, mas pese esse facto, teve um desempenho digno.
FORCADOS : Boas pegas dos Grupos do Ribatejo e do Aposento da Chamusca.
O troféu para a melhor pega foi atribuído a Pedro Coelho do Grp do Ribatejo.
Com uma casa bem composta de público, assistiu-se a uma corrida em que os toureiros e os grupos de Forcados estiveram ao seu melhor nivel, e os campinos brilharam com a efectividade do seu trabalho.
JOAQUIMA BASTINHAS
O 2º comprido e o 1º curto de grande verdade, marcaram uma actuação que decorreu ao seu melhor nivel e á qual não faltou o habitual bandarilhar a duas mãos.
GILBERTO FILIPE
Mostrou um toureio seguro, com brega adequada num repouso louvável. Com bons ferros numa permanente procura da verdade, marcou a sua actuação, confirmando o que dele esperam os aficionados.
M. R. TELLES BASTOS
Com uma excelente série de curtos, esteve ao seu melhor nivel.
MARCOS BASTINHAS
Depois de bons compridos e dois excelentes curtos precedidos de brega vistosa, foi colhido com violência - só é colhido assim quem pisa aqueles terrenos-, mas rápidamente montou o mesmo cavalo e cravou um ferro ao nivel dos dois primeiros. Terminou com dois pares a duas mãos que empolgaram ainda mais o público.
PARREIRITA CIGANO
Sempre vimos coisas boas a este jovem, mas neste dia suplantou tudo o que se poderia esperar.
Esteve bem a lidar e cravou ferros importantes, sendo de antologia o último curto.
Com cavalos cruzados nada fáceis, esteve á altura como ginete.
DAVID GOMES
Tocou-lhe o toiro menos bom da corrida o que prejudicou a sua actuação, mas pese esse facto, teve um desempenho digno.
FORCADOS : Boas pegas dos Grupos do Ribatejo e do Aposento da Chamusca.
O troféu para a melhor pega foi atribuído a Pedro Coelho do Grp do Ribatejo.
domingo, 21 de junho de 2015
C. Pequeno - Ventura e El Juli - Crónica...
Corrida Histórica
A sociedade do Campo Pequeno, jogou e ganhou. Foi um risco a montagem deste cartel, mas quem não arrisca não petisca.
A corrida foi um êxito, como aliás todas as corridas que a empresa tem apresentado esta temporada.
Para Ventura saiu um toiro bom de "Passanha", para El Juli sairam três de "Garcigrand" que cumpriram.
DIEGO VENTURA
Mostrou no Campo Pequeno, porque é o nº 1.
A receber, fê-lo de três maneiras diferentes. No primeiro toiro, optou por dobrá-lo de forma cingida e com recortes de eleição. No segundo, correu-o encurtando depois o circulo até o parar. No terceiro, correu-o ainda mais, e isto, sem que nas três vezes tivesse a ajuda dos bandarilheiros a parar os toiros.
No tércio de bandarilhas diversificou as sortes, ora esperando o toiro de longe recoando-lhe na cara com o "SUEÑO, ora atacando com batida cingida em movimento com o "MAÑO", ora colocando-se em curto com a égua "MILAGRO", ora em sortes mais clássicas como fez com o "NAZARI", e ainda bandarilhou a duas mãos e cravou ferros de palmo em sortes de violino.
Sacou oito cavalos diferentes e de grande categoria nos três toiros, todos submetidos mas a usarem a liberdade que lhe permite iniciativa, e ainda todos com passage e piaffer, isto quando muitas vezes assistimos no nosso País a cavaleiros que nem nas cortesias apresentam esses ares de escola ou apresentam-nos de forma tabalhoada.
Se é verdade que há grandes toureiros que enveredam só por um tipo de toureio, tornando as suas actuações com mais ou menos emoção mas repetitivas, não deixa de ser verdade que este manancial de soluções apresentado por Ventura, é único...
No fim da corrida, numa atitude toureira e de reconhecimento para com o público, ofereceu o Sobrero que saiu pior que os outros não lhe permitindo brilhar...
EL JULI
Pôs o Campo Pequeno em polvorosa e fez por merecer ser repetido, porque o público assim quer.
Grande profissional, dominador,com uma entrega desmedida, com uma técnica e uma valentia sem limites, com um reportório vastissimo, mostrou porque é dos melhores na sua profissão, mas para aqueles que como eu apreciam um toureio de grande sentimento e arte- também não era disso que íamos á espera - , apenas ficaram três séries na nossa memória, uma boa, duas muito boas e nenhuma excepcional. A propósito, recordo esta frase que o maestro António Bienvenida disse um dia : "El arte es todo lo que sobra, una vez se ha ejecutado la suerte como mandam los cánones".
Bandarilhou a pedido do público - tércio em que foi eximio mas que abandonou há vários anos - e esteve perfeito.
Cada lance e cada passe que desenhou, foram hinos de toureria.
Os afiionados presentes brindaram-no com justissimas ovações de luxo, que emparelham com as mais importantes que se viveram desde que a praça do C. Pequeno foi renovada..
FORCADOS - O Grupo de montemor esteve á altura do espectáculo, com grande pegas de Francisco Borges, João Braga, Francisco Bissaia Barreto e Manuel Ramalho.
A sociedade do Campo Pequeno, jogou e ganhou. Foi um risco a montagem deste cartel, mas quem não arrisca não petisca.
A corrida foi um êxito, como aliás todas as corridas que a empresa tem apresentado esta temporada.
Para Ventura saiu um toiro bom de "Passanha", para El Juli sairam três de "Garcigrand" que cumpriram.
DIEGO VENTURA
Mostrou no Campo Pequeno, porque é o nº 1.
A receber, fê-lo de três maneiras diferentes. No primeiro toiro, optou por dobrá-lo de forma cingida e com recortes de eleição. No segundo, correu-o encurtando depois o circulo até o parar. No terceiro, correu-o ainda mais, e isto, sem que nas três vezes tivesse a ajuda dos bandarilheiros a parar os toiros.
No tércio de bandarilhas diversificou as sortes, ora esperando o toiro de longe recoando-lhe na cara com o "SUEÑO, ora atacando com batida cingida em movimento com o "MAÑO", ora colocando-se em curto com a égua "MILAGRO", ora em sortes mais clássicas como fez com o "NAZARI", e ainda bandarilhou a duas mãos e cravou ferros de palmo em sortes de violino.
Sacou oito cavalos diferentes e de grande categoria nos três toiros, todos submetidos mas a usarem a liberdade que lhe permite iniciativa, e ainda todos com passage e piaffer, isto quando muitas vezes assistimos no nosso País a cavaleiros que nem nas cortesias apresentam esses ares de escola ou apresentam-nos de forma tabalhoada.
Se é verdade que há grandes toureiros que enveredam só por um tipo de toureio, tornando as suas actuações com mais ou menos emoção mas repetitivas, não deixa de ser verdade que este manancial de soluções apresentado por Ventura, é único...
No fim da corrida, numa atitude toureira e de reconhecimento para com o público, ofereceu o Sobrero que saiu pior que os outros não lhe permitindo brilhar...
EL JULI
Pôs o Campo Pequeno em polvorosa e fez por merecer ser repetido, porque o público assim quer.
Grande profissional, dominador,com uma entrega desmedida, com uma técnica e uma valentia sem limites, com um reportório vastissimo, mostrou porque é dos melhores na sua profissão, mas para aqueles que como eu apreciam um toureio de grande sentimento e arte- também não era disso que íamos á espera - , apenas ficaram três séries na nossa memória, uma boa, duas muito boas e nenhuma excepcional. A propósito, recordo esta frase que o maestro António Bienvenida disse um dia : "El arte es todo lo que sobra, una vez se ha ejecutado la suerte como mandam los cánones".
Bandarilhou a pedido do público - tércio em que foi eximio mas que abandonou há vários anos - e esteve perfeito.
Cada lance e cada passe que desenhou, foram hinos de toureria.
Os afiionados presentes brindaram-no com justissimas ovações de luxo, que emparelham com as mais importantes que se viveram desde que a praça do C. Pequeno foi renovada..
FORCADOS - O Grupo de montemor esteve á altura do espectáculo, com grande pegas de Francisco Borges, João Braga, Francisco Bissaia Barreto e Manuel Ramalho.
quinta-feira, 18 de junho de 2015
A quadra eleita por Diego Ventura para amanhã no Campo Pequeno
A quadra de cavalos que Diego Ventura utilizará amanhã no Campo Pequeno:
"De momento não sei ainda em que cavalos vou tourear, mas posso adiantar que levarei 10 para esta corrida. De saída: "Maletilla","Suspiro" e "Silencio". De bandarilhas:"Nazari", "Chalana", "Maño","Milagro", "Ritz", "Remate" e "Gran Sueño", que está um verdadeiro craque."
Diego Ventura in Farpas Blogue
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