Paulo Caetano, o toureiro, o cavaleiro, o homem e o cidadão
Normalmente fala-se dos homens que vivem na sua actividade uma paixão na vida, e a ela se dedicam de alma e coração, com o respeito que nos merecem todos aqueles que saem da penumbra do dia a dia.
Falar do mestre Paulo Caetano, é olhar para um universo de interesses, que envolve a equitação toureira e a clássica passando pelos raids, é falar ao mesmo tempo dum criador de eleição de cavalos e toiros, dum expert na vivência de lavrador empenhado, é reconhecer nele um "businesse man" com provas dadas, é atender ao seu contributo para a cultura com obras publicadas, é admirar a sua participação num registo de cidadania assumida com dignidade e sem complexos, tendo ainda tempo para se manter actualizado com o que se passa em Portugal e no mundo, e ainda de forma lúdica ser apreciador entendido das outras artes que não a taurina, como pintura, música e a arte de Talma.
A tudo isto há que juntar a qualidade humana, que paralelamente ao trato afável, faz com que saiba ser amigo de verdade, amigo incondicional, num mundo onde esse conceito está abastardado, e a que junta o conceito de familia que cada vez é mais importante, num mundo em que a instituição familia é dissolvida por dá cá aquela palha, e perante esse facto, o disfuncionalismo reinante envenena a sociedade.
No fundo da forma de ser de Paulo Caetano, ressalta a arte num trabalho de intelectualização, cuja operação consiste na obra de arte como coisa não só pensada, mas feita, resultando daí a inspiração e espontaneidade, como necessidades orgânicas.
Do meu amigo Paulo Caetano, como homem espero sempre mais e coisa diversa daquilo que já fez, porque tenho a certeza que o seu papel na sociedade está inacabado e é inacabável por ser uma pessoa sempre aberta ao futuro, porque nunca será um homem total e não o será jamais. Por isso só há um modo de pensar o futuro deste homem, concebendo-o como um processo natural, análogo àquele que respeita aos objectivos a que se propõe, que por natureza têm um alcance ilimitado, e ao qual se junta uma familia com visibilidade na sombra.
Por ser verdade tudo o que escrevi, aqui fica o meu simples contributo para a a sua história "P'RA QUE A TERRA NÂO ESQUEÇA"...