A problemática dos nomes
ponte 25 de abril |
As
ruas, as pontes, os estádios as praças de toiros e tantas coisas mais, mudam de
nome, sem mudar o local, sem mudar a forma e sem mudar o conteúdo, porém, as
direcções gerais e associações, por exemplo, mudam de nome alterando por vezes
finalidades e competências.
Há
ainda nomes que são mudados ou atribuídos por razões objectivas, ou noutros
casos sem fundamentos lógicos.
Vejamos:
A
ponte Salazar mudou para ponte 25 de Abril sem lógica. Efectivamente a revolução
nada teve que ver com a ponte ( digo eu que sempre fui anti-Salazarista).
O
Ministério da Qualidade de Vida mudou o nome para Ministério do Ambiente, por
uma questão de gosto ou por capricho, sem que os objectivos se alterassem.
A
Academia do Benfica passou a chamar-se “Caixa Futebol Campus” por razões
meramente económicas.
Um
“transexual” que antes de operado se chamava António José, é natural que depois
de operado se passe a chamar de Sandra Marisa, por razões perfeitamente
lógicas.
Há
ainda os casos de cidades e vilas cujos nomes actuais em nada se assemelham aos
primitivos, como os casos da evolução de Lutécia para Paris, de Aeminium para Coimbra, de Scallabis para Santarém e de Aquabona para
Coina, bem como tantos outros exemplos. Também há aquelas
cidades em que a evolução se compreende etimologicamente como são os casos de
Ébora para Évora, Lamecum para Lamego, Sirpe para Serpa etc.
Quanto
a ruas, o caso mais espantoso de evolução é o da rua dos Potevins em pleno
Quartier Latin em Paris, que segundo as “Edições Hachette”, em 1396 se chamava
rua do peido, em 1560 rua do peido silencioso e em 1636 rua do grande peido.
Os
nomes devem dizer com a circunstância ainda que esta evolua, e por isso se
compreende, ou não, que se chame toureio
de frente, a sortes aliviadas em que o toureio só está de frente para o toiro
quando começa a sorte, ou então quando a velocidade no momento da reunião é
tanta que tanto faz ir de frente como de lado, o toiro mal vê o digníssimo
cavaleiro.
Já
imaginaram o quanto eram de alheios, falhos de tradição e ridículos, sobrenomes
de toureiros como Carvalho, Cotrim,
Pimenta ou Laranjeiro, a inventar passes a que se chamariam, Carvalhinas,
Cotrinas ou Cotrininas, Pimentinas ou Laranjinas? É claro que nestes casos
teriam que trocar os nomes para “EL qualquer coisa”.
Temos
ainda a incongruência do nome da “Acção
Pró Taurina ” vulgo “P’rótoiro” que me
lembra a Rua das Virtudes de uma cidade Francesa. Na “acção P’ró Taurina não há
muita acção e na rua das virtudes não há muita virtude por se tratar de um
espaço por excelência de “ trottoir ” de putas.
A
mesma incongruência nota-se nos nomes da antiga, temida e ditatorial “DGS”
sigla de Direcção geral de Segurança, que não era geral por só segurar o regime
e o que lhe dissesse respeito; da mesma maneira a “ ANGF ” Associação Nacional
de Grupos de Forcados, não é nacional porque há grupos nacionais que a ela
querem pertencer e nela não são aceites.
Por
ser assim, a “DGS” para que a sigla fosse correcta e coerente, devia ter sido
chamada de “DGSR” Direcção Geral de Segurança do Regime; Pelas mesmas razões a
“ANGF” devia chamar-se “ANAGF”, Associação Nacional de Alguns Grupos de
Forcados.
Há
ainda os nomes que são chamados indevidamente em determinadas alturas aos
directores de corrida e a outros intervenientes no espectáculo, que por
decência, a eles não me referirei, e também por pensar, que nada há para
justificar determinadas verborreias.