quinta-feira, 30 de junho de 2016
As corridas são um espectáculo actual...
A corrida de toiros é um espectáculo actual e moderno...
Prevendo que as sociedades ditas democratizadas crescem cada vez mais avessas aos aspectos alheios das rotinas urbanas, importa que a tauromaquia enquanto arte, se saiba legitimar e alargar às novas gerações, essencialmente por questões artísticas e só depois por fundamentos de interesse pessoal ou empresarial.
Ambos estão interligados e são estritamente necessários á “Festa”, mas contrariar esta prioridade é remar contra a maré, numa Europa cada vez mais federalista, e por isso, mais autocrata também do ponto de vista cultural.
Mas é preciso dizer, que a tauromaquia tem todos os requisitos para ter continuidade. Assim saibam os seus intervenientes actualizar e modernizar o que assim o exigir.
Sim, porque a corrida de toiros é um espectáculo actual e moderno!
É moderno no tempo, porque apesar das origens distantes, não tem mais de três séculos de metamorfose.
É moderno nos valores, porque ensina os jovens a ter coragem de ter medo, sem disso terem vergonha.
É moderno economicamente, porque para além de produzir riqueza em diversos ramos de actividade, ainda é dos poucos sectores onde não se despedem trabalhadores em massa.
É moderno ambientalmente, porque preserva na íntegra mais de 70.000 há de solo rural nacional.
Mas acima de tudo, é moderno em substancia artística, ao fazer desabrochar em 15 minutos, a verdadeira natureza racional e por vezes irracional, do homem antigo que é, mas que hoje se julga moderno por ter ido Lua, enquanto construía a bomba atómica, ou por aperfilhar milhões de animais de 4 patas ao mesmo passo que despreza comunidades humanas famintas.
Quem é realmente moderno, vive o seu tempo sem fanatismos ou intolerâncias e principalmente sem desafiar a condição e a liberdade do próximo.
O nosso tempo é Agora! E têm referências, do presente, do passado e já do futuro, por isso mesmo, há que ter a convicção, de que o futuro passa pela união da afición em geral, cabendo a cada interveniente dar a cara sem complexos, e saber defender coerentemente, os seus ideais.