Rejoneadores em alta...
“Não há machado que
(me) corte a raiz ao pensamento….”
Todos os que me conhecem,
sabem bem a admiração que sempre tive pelo “rejoneo”, como sabem que já há
muitos anos previ o “Boom” que a arte de rejonear veio a ter nestes últimos
anos. Para confirmá-lo basta ler um artigo meu publicado no jornal "FARPAS" há 15
anos (antes de P. H. Mendonça e Ventura), titulado assim: “Boom do
rejoneo”.
O que escrevi, fi-lo
fundamentando-o,e o que me replicaram teve como único fundamento a nossa
antiguidade - bem discutível aliás -, presa a um patriotismosito que não se
manifesta noutros aspectos desta arte como referi, e muito menos nas coisas
mais sérias.
Alguns dos que não
concordaram comigo, acharam a atribuição do prémio “Nobel” a Saramago banal e
mesmo injusto, tal como acharam o mesmo do prémio de melhor do mundo atribuído
a C. Ronaldo, aos quais há que acrescentar aqueles que defendem como solução
para Portugal, a junção do nosso país a Espanha por razões económicas ou seja,
por mero oportunismo económico.
Esta situação traz-me
ao pensamento, os que se baldaram á guerra do ultramar com cunhas ou outras
manigâncias que conduziam a estadas nas cidades das colónias (sem tiros como é
evidente), e que vieram depois a criticar a entrega das colónias; e faz-me
lembrar também aqueles que se acomodaram, ou
fugiram, ou até apanharam a onda, aquando dos desvarios da revolução.
Há certamente quem não
se reveja nestes exemplos que acabo de citar; esses, embora eventualmente não concorde com
a sua opinião, merecem-me todo o
respeito.
A arte é universal e
há que respeitar todas as escolas e diferenciar umas das outras, sendo que uma diferença que salta á vista é o facto das principais figuras do rejoneio não usarem martingalas nos cavalos.
Aos que pensam na seriedade do toureio a cavalo á Portuguesa que lhe vem do passado glorioso, sugiro que meditem nas alternativas patéticas que foram concedidas desde sempre no nosso país, porque essas sim envergonham, menorizam, ridicularizam e achincalham o verdadeiro sentido dum acto cheio de história e simbolismo.
Reprovaram na alternativa, penso eu de que, dois cavaleiros.
Um deles foi Mestre
Batista… e depois falam-me de história e respeito…