Vasco Pinto, o homem, o cabo e o forcado...
Nunca tive
dúvidas do valor do cabo do grupo dos amadores de Alcochete que 6ª feira se vai despedir, mas se
dúvidas houvesse, estas decipar-se-iam por completo, em função
das prestações do grupo no seu todo, e no exemplo dado por Vasco Pinto.
Nas várias pegas que fez, a maioria de elevado grau de dificuldade, impressionou a serenidade e a técnica. Nunca
se viu um momento de maior aquecimento emocional, que tantas vezes se
vê; antes pelo contrário, viu-se sempre a frieza que distingue quem
comanda homens em situações de grande dificuldade, transmitindo
a clareza necessária ao consumar de uma missão.
Vasco Pinto fez forcados, dentro do registo do forcado antigo.O ambiente dentro do grupo parece e é de excelência.
Criou alternativas para as posições mais específicas, dentro da praça.
Nos momentos de mais responsabilidade, apareceu sempre de barrete na mão para dar o exemplo.
A humildade pura e dura, foi a sua imagem de marca, como o foi a do próprio grupo.
Foi ao equacionar todos os valores que acabam de ler, que cheguei ao título desta crónica : "Vasco Pinto é o exemplo de um forcado a sério que honra o nome do grande forcado que foi o seu pai, que continua discretamente como sua sombra tutelar, assim como honra a história do grupo que comanda".