Há dois tipos de cultura das artes, a erudita e a popular, mas arte é sempre arte.
Todas as artes evoluem com o tempo, e mesmo em cada época há escolas diferentes consoante o sentir de cada interprete,
Na
mesma época ou quase, Picasso era Picasso e Dali era Dali, Marceneiro
era um enorme fadista e Fernando Mauricio foi outro enorme fadista,
Sinatra foi a voz da américa e Sammy Davis também, Maria Callas e
Cecilia Bertoli interpretaram operas históricas, Ana Moura é
extraordinária tal como Carminho, Nureyev e Nijinki foram dois
bailarinos assombrosos, Nuncio foi Nuncio e Simão foi Simão. Vieira da
Silva e Paula Rego pintaram ambas coisas maravilhosas.
Todos
estes artistas que emparelhei propositadamente são enormes referências,
mas que na sua estrutura artística pouco têm em comum além da essência
da arte que os inspirou e inspira.
Se
nas outras artes é verdadeira a afirmação artística dos melhores
interpretes de cada escola, na tauromaquia recentemente aconteceu o
mesmo.com Mestre Batista, L. Miguel da Veiga e Zoio, e ainda mais
recentemente João Moura, Manuel J. de Oliveira, Paulo Caetano, João
Ribeio Telles e Joaquim Bastinhas, que nas suas épocas cada um por si
marcava a sua diferença.
Perante
estes exemplos, conclui que os artistas só se afirmam verdadeiramente
pela originalidade, e que só quando em presença de estilos e conceitos
diferentes, as artes ganham fulgor por abrangerem um maior leque de
apaixonados, enquanto as imitações fazem definhar pelo repetitivo das
circunstancias ...
Perante este raciocinio, as empresas só têm que pôr os artistas verdadeiramente originais em confronto para ter mais gente nas praças...