MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

terça-feira, 4 de julho de 2017

O toureio a cavalo, clássico, moderno e o Futuro...

Resolvi escrever sobre o que penso sobre o toureio a cavalo e a sua evolução, desde o clássico ao moderno e a projecção deste no futuro...

 Resultado de imagem para toureio a cavalo
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Tirando Mestre Batista, poucos foram os que interpretaram o toureio frontal e mesmo assim só a espaços, já que basta ver filmes dessa época, para concluirmos que a maioria das vezes, para não dizer quase sempre, os cavaleiros citavam de frente mas fora da linha do toiro, quando muito ao piton de fora, executavam "Tiras" e sortes em terrenos cambiados com o que estas diferem da vulgar "sorte á meia volta",, sortes essas executadas com velocidade..
Os ditos clássicos tinham no entanto grandes qualidades, que íam das lides perfeitas com o entendimento fácil dos terrenos e das distâncias, da duração da lide, e da forma alegre e séria como citavam que predispunha o respeitável público para a execução das sortes que na maioria dos casos terminava com os ferros ao estribo. As Sortes eram rematadas e a seguir ao remate surgia a beleza do "Piaffer" e da "Passage" abrilhantados pelo temperamento dos cavalos na arena.

O toureio moderno teve como percursor Mestre Batista, que esse sim toureava de frente, introduzindo ainda a sorte ao "piton Contrário" com o que esta transportou de emocionante. 
Surgem os quiebros e nestes há diferenças abismais. Uma coisa é executá-los de forma templada absorvendo a investida - que faz toda a diferença para a sorte mecanizada -, e de forma cingida e de frente para o toiro e mais ainda carregar a sorte quando a viagem é larga,  outra coisa é citar fora da linha do toiro dois, três ou mais "trancos" de galope, antes do ponto onde a emoção atinge o climax.
Surgem ainda nesta época os ladeares na cara dos toiros, ora de garupa ao muro ora de cara ao muro, que juntaram beleza e acima de tudo espectacularidade ao toureio, mas quando bem executados, o que muitas vezes não acontece antes lembrando as pescadinhas de rabo na boca, e isto sucede em consequência da falta de arranjo dos cavalos.
 Nesta fase do toureio moderno perdeu-se muito da componente espectáculo, chegando a assistir a cortesias de corridas com figuras, em que nenhum dos cavalos saía  em "passage".
Passou-se também nesta fase da evolução do toureio, a dar vantagens aos toiros de praça a praça, sortes de valor extremo, no que foi percursor D. José João Zoio .

O toureio a cavalo do futuro, vai-se basear no que têm de bom as duas fases anteriores, a que se juntará uma componente de mais espectacularidade e ainda um reportório mais vasto ( Veja-se o efeito ROCA REY no toureio apeado.)...