Agora que começa a temporada, reflecti no momento que atravessamos, em que os ataques dos Antis, embora pouco significativos em termos de adesão, são barulhentos, devem levar os agentes da tauromaquia a privilegiar uma certa elevação nas suas atitudes no estar e participar.
Parece-me nefasto para o Mundillo, todas as guerras tipo - "alecrim e manjerona" - que como se sabe foi uma "ópera joco-séria, que se representou no Teatro do Bairro Alto de Lisboa, no Carnaval de 1737" .
Guerras entre agentes da Festa, só dão má imagem e não conduzem a nada.
, A peça "A guerra de "Alecrim e manjerona", parodiava a ópera italiana, reclamava o apoio da música e do canto e era representada por meio de ‘’marionettes’, entrar numa guerra deste tipo no mundo taurino é ser-se marionettes de uma opera bufa, pelo contrário aportar elevação é representar o que há de clássico.
É um erro freqüente na nossa época achar que trato com elevação, é sinônimo de amabilidade e agrado. Tais qualidades fazem parte do tratamento com elevação, mas nele também se inclui, de modo primordial, o respeito. Numa relação entre homens, mais do que o afeto, importa que cada um seja respeitado, séria e sinceramente, pelos outros. Sobre este ponto depois se insere a amabilidade, a gentileza, etc.
Lembro-me a propósito, de um facto passado numa Gala de entrega de prémios em Santarém, das palavras ditas pelo Senhor Simão Comenda, com elevação, quando foi convidado a entregar o prémio ao Grupo de Santarém.
São atitudes como esta que dão elevação á Festa e nos devem fazer reflectir...