Homenagem a Vidrié em Mejanes
A tradicional corrida de Mejanes criada pela dupla Manuel Gonçalves - Luc Jalabert, é a corrida de Rejoneio mais antiga do calendário taurino Francês. No passado ano, ficou marcada pela homenagem ao "Quarteto da Apoteose" o que constituiu um grande dia de exaltação á arte de tourear a cavalo. Ver aquelas quatro personagens que revolucionaram e dinamizaram o rejoneio a fazer as cortesias, foi emocionante.
Para este ano está anunciada uma homenagem a Manolo Vidrié. Nada mais justo. Foi a Vidrié que vi das actuações mais toureiras que vi a rejoneadores. Vidrié tinha um conceito de equitação raro, um toureio sério, um sentimento notável a lidar, e só as excessivas frieza e humildade impediram que fosse mais longe.
A parar os toiros teve duas fases distintas, uma mais vibrante com o "Marquês" (ferro 7) e outra onde o temple pairava a cada instante com o "Favorito" ( ferro B. Cubero), cavalo com o qual chegaram a parar toiros Alvaro Domeqc e João Ribeiro Telles na Colombia..
De bandarilhas bordou o toureio com o "Neptuno" (ferro Veiga).
A quiebro colocou-se pertissimo do toiro Primeiro com o "Passanha" (ferro Passanha) que comprou a Clemente Espadanal, e com o "Quitasueños" que tinha um ferro Espanhol de que não me lembro.
No último tércio teve os melhores momentos no "Ébano" (ferro Ortigão costa) com o qual bandarilhava a duas mãos sem passar pelo corredor.
Como pessoa, Manolo Vidrié é uma pessoa excelente e para avaliar o seu saber e modéstia basta ouvi-lo a comentar uma corrida.
Pablo, Ventura e Leonardo beberam muito da arte do ginete de Diebres, e por isso não podia ser melhor escolhido o cartel para esta homenagem.