A MODA:
A moda Golegã aligeirou
A fase pró cagança, caracrerizada pelos homens de casaco aos quadrados muito British, camisa e gravata com cabeças de cavalo e alfinetes com estribos ou freios em pechis-beque, desembocou no negligé no blusão, na camisa aberta, e menos, mas muito menos encerados.
As senhoras dispensaram as capas pesadonas, os ouros, as botas de montaria, as carteiras do "El Caballo" e os lenços da mesma marca ou da Loewe, pelo cómodo do calçado forrado a lã muito usado na sibéria "Ugg's", e sobretudo por uma peça tipo, que resulta do cruzamento das meias com as calças de fato de treino, peça de vestuário que dá pelo nome de "leggins", que não fica bem a todas mulheres mas que nem por isso perdem a confortabilidade a não ser quando as senhoras têm que ir ás nojentas casas de banho da feira. Há mesmo muitos casos em que as tais "leggins", dão ás pernas das senhoras o aspecto de fiambre da perna enrolado, com proteção de camisa de lã...
A malta nova, independentemente do sexo aterrou decididamente nas "t. shirts" - no caso das raparigas, as "t shirts são muitas vezes em bico para mostrar mais ou menos generosamente o busto -, nas "sweatshirts", nos "jeans" rotos e cagados, e nas tais "leggins que estão em grande maioria.
Nos rapazes encontra-se aqui e ali uns com bluzões de pele, normalmente herdados do pai ou do irmão mais velho...
A malta que monta a cavalo veste na maioria traje de campo á portuguesa, á Espanhola, ou nas versões mistas Porto-Espanhola ou Espano-Portuguesa, que sendo parecidas não são a mesma coisa.
Cresce a representatividade da Samarra e do capote Alentejano...
