sexta-feira, 4 de julho de 2014
CRÓNICA do C. PEQUENO - Corrida TV...
Corridas como esta fazem aficionados...
No fim da corrida de ontem, pensei que tinha viajado no tempo e que tinha visto uma corrida daquelas que via há muitos anos.
Com verdade, emoção, "toiros toiros" e pegas duras, assistiu-se a um espectáculo honrado que a todos agradou, e que premiou o bom gosto com que a corrida foi montada.
Os toiros sérios de "Murteira Grave" tinham que ser toureados, e ainda que tivessem nobreza, solicitavam respeito e prenharam de dignidade a corrida.
ANT. RIBEIRO TELLES
O da Torrinha, deu-nos mais uma lição de toureio clássico. E vão três seguidas ... (Alcacer, Évora e Lisboa).
No 1º toiro esteve bem, realçando nós os compridos. No 2º toiro, depois de excelentes compridos, trocou de cavalo e saiu no Caparica, vindo a cravar ferros de grande impacto mantendo-se sempre ligado ao toiro, numa afirmação plena do seu conceito de toureio frontal, que o torna o mestre do purismo da arte de Marialva.
Á medida que o tempo passa, melhor vai sendo o entendimento entre António R. Telles e este cavalo, o que me leva a afirmar que, O Caparica pode vir a ser melhor que todos os craques que este cavaleiro já teve, como por exemplo os "VITI", "GABARITO" e mais recentemente o "RONDEÑO" .
V. RIBEIRO
Os anos passam, e sempre os alcatuzes da nora da vida, trazem a este cavaleiro novos cavalos, com diferentes desenhos de sortes, em que acima de tudo sobressai a sua sensibilidade hípica.
O cavalo castanho "MOITA" ( ferro José Chula) que ontem vi pela primeira vez, deixou-e encantado, e mais impressionado fiquei ao saber que foi comprado no passado dia de Natal, e que só no fim de Janeiro deste ano viu a primeira vaca. O MOITA tem sítio, tem elasticidade, chega ao público e pode o que quer, e assim proporcionou ao cavaleiro uma excelente actuação no 1º toiro que este lidou. No segundo que lhe coube em sorte tirou tudo o que este tinha, não alcançando o mesmo brilho da primeira parte da corrida. muito por culpa do toiro.
JOÃO MARIA BRANCO
Começou a lide do seu 1º toiro com dois excelentes compridos e um curto, para depois vir a menos.
No seu 2º toiro reencontrou-se, e teve a actuaçãopróxima daquilo que sonhou, transmitindo a Emoção que é a sua imagem de marca.
É bom não esquecer que este jovem esá em plena evolução.
O toureio que apresentou ontem em Lisboa, e que é o seu, pode-se considerar que porventura está a meio caminho do toureio moderno. Desde que tomou a alternativa, toureou sempre em carteis a apertar, fazendo-o de forma digna e em progressão.
Para muitos, é a figura do futuro.
FORCADOS : Os Grupos de Montemor e Lisboa, provaram com as pegas que fizeram e pela forma como ajudaram, o bom momento que atravessam e honraram os 75 e 70 anos da sua história...
Premio melhor lide - Ant. Ribeiro Telle
Prémio melhor pega - João Romão Tavares