Ao passar pela Malveira fui conversar com David Gomes
A conversa informal e distendida que mantivemos, deu-me uma dimensão do homem, do cavaleiro e do toureiro, que eu não conhecia.
Como homem, fiquei com a ideia de um tipo sério e trabalhador, que sabe o que quer e para onde quer ir, com a visão realista de que vida que escolheu é dificil e cheia de imponderáveis.
Como cavaleiro, contou-me ter começado a montar com o mestre Filipe Oliveira, tendo depois frequentado diversos estágios, nomeadamente com o mestre F. Cancela de Abreu, até chegar á equitação de trabalho, disciplina hípica em que conquistou vários títulos.
A sua equitação é sólida e baseia-se num trabalho em que primeiro a passo, depois ao trote e por fim ao galope, são exigidos os mesmos exercicios pela mesma ordem.
A sua quadra de cavalos impressiona pelas qualidades morfológicas dos exemplares.
Trocámos impressões sobre equitação e sobre os seus cavalos e nem sempre estivemos de acordo, mas subjacente a cada uma das suas opiniões houve a lógica de quem sabe o que diz.
Como toureiro, recorda o dia em que em Ronda Diego Ventura o convidou a cravar bandarilhas a um dos seus seis toiros que toureou, como o momento mais marcante da sua carreira.
Esta temporada espera tourear em Espanha pelo menos 15 corridas, numero de actuações atingido no ano passado, nalgumas delas será repetido, o que demonstra o quanto agradou em 2014.
Para terminar, quanto á alternativa, disse : " Não tenho pressa, será quando me sentir preparado e quando surgir a oportunidade numa praça boa"...
