Azambuja sempre
A feira de Maio acabou e que bem retrata o sentimento que sentem os Azambujenses, este poema que se segue e que aqui posto com a devida vénia, da autoria do meu amigo António Pedro Corça :
A FESTA JÁ PASSOU JÁ NÃO HÁ FEIRA
Pergunto ao vento a razão deste meu fado
Cala a verdade o vento ele não mente
Quem dá a vida ao fogo é já passado
Eu dou razão á vida eu sou presente
Cala a verdade o vento ele não mente
Quem dá a vida ao fogo é já passado
Eu dou razão á vida eu sou presente
Não canto o meu futuro ele me amarra
A esta solidão que é um tormento
A minha companheira é uma guitarra
Que chora de saudade e sofrimento
A esta solidão que é um tormento
A minha companheira é uma guitarra
Que chora de saudade e sofrimento
A noite escura é também a companheira
Está tudo envolto em sombras não há nada
A festa já passou já não há feira
E nem digo bom dia á madrugada
Está tudo envolto em sombras não há nada
A festa já passou já não há feira
E nem digo bom dia á madrugada
António Pedro Corça
Os dias passadosa durante a feira na tertúlia da "Velha Guarda", são um repositório de saudade e de amizade autêntica, e ainda que a falta da nossa amiga Suzana se faça notar em tudo, a continuidade está assegurada por uma segunda geração que não vai deixar morrer a tradição e os valores daquela casa.
No domingo, a romagem de saudade á campa da Suzana, a que nenhum faltou, foi um momento que marcou pela grandeza da gratidão em simplicidade, que envolveu também a memória do Pedro Guimarães e do Castela.
Gastronómicamente foi um desfilar de boa e pura cozinha Portuguesa, em que o mestre Carlos Leonardo e o anfitrião Lourenço Luzio são eximios, coadjuvados pelo Zé Carlos.
Revi velhos amigos, muitos que só vejo de ano a ano, mas a feira de maio vale sempre a pena, porque ali qualquer um se refaz de Portuguesismo.