MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Srª Dª Teresa Ramalho- P'ra que a terra não esqueça...

P'RA QUE A TERRA NÃO ESQUEÇA- Tareka Ramalho

Partiu uma SENHORA, aficionada de postim, uma artista, uma pessoa bem formada e uma excelente amiga...

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Ver partir amigos, neste caso uma amiga, é sempre uma circunstância que nos abala a moral e nos põe a pensar.
A SENHORA Dª Teresa Ramalho, a minha amiga Tareka, merece que dela se escreva pelo que fez em vida e pelo exemplo de mulher multifacetada, que teve sempre subjacente á sua passagem por este mundo, uma enorme componente humanista e uma sólida formação católica.
Como aficionada viu sempre a FESTA com a maior elevação - sem facciosismos-, dando ao toiro o lugar supremo que este merece na tauromaquia.
Organizou durante vários anos um festival de luxo em Salvaterra, cujos lucros revertiam para o Movimento Nacional Feminino, arrastando consigo e com o prestigio que transportava as grandes figuras do País vizinho.

A arte de Talma, como é hoje conhecida a arte de representar, nasceu com François Joseph Talma que revolucionou esta arte, passando esta a ser mais natural. Pois era a representação natural de Tareka que saltava aos olhos de quem tinha o privilégio de a ver, como também era natural a dança que exibiu com seu filho num celebre programa de televisão, em que o dançar brotou dela como se fizesse parte da sua existência.

Há no entanto na SENHORA Dª Teresa Ramalho, muito mais que a arte para torná-la distinguida. Começando pela forma como se relacionava com toda a gente, independentemente de extractos sociais, e a forma como cuidava dos seus amigos. Destas duas formas de viver a vida, sou testemunha, no que toca ao receber e na mensagem das suas palavras nos bons e menos bons momentos,

Dizia Cícero que filosofar não é outra coisa senão preparar-se para a morte. Isso porque de certa forma o estudo e a contemplação retiram a nossa alma para fora de nós e ocupam-na longe do corpo, o que é um certo aprendizado da representação da morte; e assim, quando chega a nossa hora, toda a sabedoria e discernimento do mundo se resolvem por fim no ponto de nos ensinarem a não termos medo de morrer...
Quem viveu como a minha amiga Tareka, não teve medo de morrer, porque a sua vida foi grande, e por ser assim, deixo estas palavras simples mas sentidas P'RA QUE A TERRA NÂO ESQUEÇA...