Sobre a imprensa taurina
Peço o especial favor aos leitores, que não pensem que enveredei pelo estilo Quim Barreiros. Qualquer semelhança entre a forma deste título e a forma do dito cantor pimba, é pura coincidência.
Tenho um amigo de nome Joaquim António da Silva Carvalho, que é um tipo de inteligência e perspicácia raras, além de um sentido de humor imenso. Os amigos comuns quando conversamos na sua ausência, facilmente percebemos quando as piadas citadas são do Carvalho, da mesma maneira que as piadas do Lázaro, do Xico Carreira ou do Batata, traziam o rótulo desses amigos infelizmente já falecidos.
Cada homem de personalidade forte marca nas conversas um estilo inconfundível.
O meu amigo Carvalho é aficionado á moda do Norte, vê o que vê, lê o que lhe chega e tem dificuldades em entender as guerras que surgem de quando em quando nos mentideros taurinos, por isso dizia-me há dias: “ Se o negócio dos toiros é pobre ou mesmo mau, se os forcados são amadores, se os toureiros são artistas, se a “Festa” está a ser atacada por poucos mas barulhentos, então porque existem guerras na "FESTA" quando todos deviam estar unidos e em sintonia, á volta de uma paixão comum???”
Ao exposto acrescentou o Carvalho: “Os psiquiatras dizem que uma em cada quatro pessoas tem alguma deficiência mental. Quando estiveres a falar com três tipos com especial protagonismo no mundo dos toiros e eles parecerem normais, então o deficiente és tu!”
Fiz a análise sugerida pelo meu amigo e verifiquei que efectivamente sou eu o anormal, porque vejo as coisas com romantismo e acredito á partida que todos querem o melhor para a Festa.
No meio de tanta confusão mental, falei ao meu amigo na imprensa taurina e no meu próprio caso e disse-lhe: Na imprensa taurina não há solidariedade, os atropelos e faltas de ética são mais que muitos, já sofri coações á minha liberdade liberdade de imprensa e á do blogue etc. etc. etc., e por isso já pensei algumas vezes abandonadar esta guerra, limitando-me a ir de quando em quando aos toiros quando me desse na gana, e posso desfrutar do gozo que me dá escrever, noutras publicações de outras temáticas ( mas não é a mesma coisa...), sem precisar de chatices.
Fazer o que faço, divulgando as corridas de empresas ou mesmo outros agentes do Mundillo que não reconhecem o meu trabalho, quase roça o masoquismo, mas demonstro, tal como outros criticos, que a nossa existencia no "MUNDILLO" não se resume ao social, mas sim a uma paixão que queremos partilhar, afirmando-nos como pessoas que existem. .
Acrescentou o Carvalho: Não te esqueças que se o Pensamento Crítico é um pensamento razoável e reflectido, preocupado em ajudar a decidir em que acreditar, o que apreciar ou o que fazer. Por isso serás sempre incómodo, invejado e se calhar até temido... e pagarás por isso.
Os recalcados, são mantidos pelo recalque, aparecem sempre de forma deformada, pondo o próprio ego por diante, não têm sexo, nem nome escoreito na praça, não escolhem dia, nem hora certa, mas navegam só com o intuito de tentar calcar quem os incomoda.
Se tu tivesses aberto o Blogue aos leitores, na caixa de comentários do blogue cairia por parte de anónimos puros ou encomendados, de tudo: o rancor perante uma opinião desfavorável, a hipocrisia do falso moralista, a comichão do frustrado sexual, a masturbação mental do depravado, o veneno do ressabiado e a maldade do recalcado.
Quem anda na critíca taurina como tu, e são vários, faz falta ao mundo dos toiros, ainda que incomode tanto os inimigos como um exame á próstata de uma hora, ou um furúnculo na virilha na fase vermelhão.
Perante tão sábia resposta, pensei cá para comigo:
Isto são mesmo “Coisas do CARVALHO”.