ESPECIAL AÇORES I - FORUM
Saudosismo e nostalgia invadiram o primeiro painel das jornadas taurinas doa Açores
A mesa redonda “Situação da informação taurina em Portugal” presidida por José Parreira e composta por Francisco Morgado, Joaquim Letria, Maria de São José e João Queiroz foi a primeira destas jornadas de cultura taurina mundial que trouxeram nomes sonantes de todo o mundo taurino a pérola do oceano.
“Faena” eloquente fez Francisco Morgado sobre os nomes sonantes dos escribas portugueses que de tauromaquia falaram e escreveram com enfoque nos anos 60 e 70. Reflectiu que a situação deficitária da qualidade de alguns escritos podem ser nefastos para a própria tauromaquia. Situação partilhada por João Queiroz, mas com enfoque mais negativo sobre alguns dos actuais escribas. O director do Novo Burladero afirmou “ os grandes detractores da Festa são os que estão na Festa e fazem-na com interesses pessoais”. Sendo critico e duro afirmou que “a internet veio prejudicar a qualidade da Festa”. Ainda na sua intervenção Queiroz recordou solilóquio enquanto escritor e Manuel dos Santos no encanto que deu à Festa através das corridas televisionadas.
A terminar João Queiroz afirmou que “a crítica e espectáculo têm afugentado alguns aficionados”.
Joaquim Letria, realizou uma “faena” sem ter “toiro”. Proferiu palavras com muita autoridade, chegando a falar da sua infância e os primeiros passos que deu nestas andanças (suas deslocações à ópera e corridas de toiros).
Terminou este primeiro painel Maria São José, que enquanto Directora Adjunta da RTP falou de verdade e colocou o dedo na ferida afirmando que “os problemas não são os anti taurinos, são as lutas das várias entidades no mundo dos toiros”.
Marco Gomes