Depois de amanhã vamos a Mourão
A História da Vila de Mourão para quem não a conhece...
A região em que se insere a vila de Mourão encerra uma grande diversidade espácio-temporal relativamente à presença humana. Os conhecimentos existentes actualmente acerca das populações que viveram e circularam neste espaço revelam que a área, tanto a mais próxima (margens) como a mais afastada (vila e freguesias de Mourão) do rio Guadiana, conheceu uma ocupação contínua de grupos humanos desde a pré-história até aos nossos dias, sendo o rio e os seus afluentes factores motivadores e determinantes para a existência de vestígios de tal ocupação. O rio atraiu assim para as suas margens actividades essenciais ou complementares ao ciclo tradicional de subsistência económica.
Desde o período pré-histórico que esta zona apresenta diversos e abundantes registos de presença humana. Locais como a Barca, a Quinta da Fidalga e Agualta, o Mercador e o Porto das Carretas, entre outros, atestam tal presença, visível nas indústrias líticas, nos restos de cerâmica, nas manifestações de arte rupestre e nos monumentos megalíticos, como a Anta da antiga fábrica de celulose (Portucel).
A presença mais marcante dos romanos no território de Mourão manifestou-se na envolvente da antiga aldeia da Luz. O Castelo da Lousa, construção fortificada do período romano (século I a. C.), foi o elemento patrimonial da herança romana mais visível no concelho. Actualmente encontra-se submerso, podendo ver visitado virtualmente através de um Cd-rom, realizado pela EDIA, S.A., que regista a sua memória.