Os anti taurinos não são o maior problema na Festa…
Foi esta a opinião generalizada que os vários intervenientes do fórum taurino de cultura internacional deixam transparecer, o problema está dentro da Festa e os ataques que algumas entidades governamentais deferem à tauromaquia.
Depois de o primeiro painel ter sido monocolor, o segundo continuou em tons de negro, quando a “Situação da informação taurina do mundo” foi abordado por VicentBourg, Paco Aguado, VitorLopez, Vitordu Sava e Juan de Lalsa (vídeo conferência), moderado por Mauricio do Vale.
Apenas a França deu alguma cor a este painel, falando de um vivacidade que se quer para a tauromaquia.
Falou-se da associação jornalistas taurinos (há mais de 40 anos) e dos movimentos organizativos que se estão a fazer naquele país para tornar uma tauromaquia mais forte e com futuro. Ao contrário do que foi dito no painel anterior, onde a internet foi mal vista como órgão de divulgação taurina, vicente Bourg afirma a internet é uma ajuda primordial para a incrementação da tauromaquia no povo.
O consagrado jornalista taurino El vito começou por recordar que na Venezuela as corridas de toiros remontam a 1527. Neste país da América Latina as maiores “machadadas” na tauromaquia não vêm dos anti taurinos, vêmda parte governativa, não de uma forma directa mas por iniciativas sublimes que levam à diminuição dos espectáculos, dando como exemplos a censura na comunicação social. A primeira “denota2 para a tauromaquia foi a destruição da praça de touros de Caracas. A situação é grave pois existe um decréscimo significativo de espectáculos (230 3m 2009 e 45 3m 2011). O fecho da estação emissora (39), onde as corridas de toiros eram transmitidas em directo, a manipulação dos jornais e revistas e onde as empresas boicotam os jornalistas, são factos para manipulação do espectáculo taurino.
Na colombiavitorDu Sava falou dos problemas da tauromaquia que aqui existe, onde os sítios taurinos sofrem duros ataques e as estações emissoras sofrem pressões para não transmitirem em directo as corridas.
Juan de Lalsa do México falou de tudo o que se passa neste país latino e onde tudo acontece, ou quase acontece comos sendo o caso mais prejudicial à tauromaquia aquela em que os moços de espadas dão dinheiro ou bilhetes (que estes vendem na bilheteira) a alguns jornalistas. Recordou também coisas boas, como o jornal El Redondel que era vanguardista, pois deixava a sua ultima página à espera do que acontecia na praça mexico El toreo para publicar de imediato.
Fechou este painel o notável Paco Aguado que começou por 2pegar o touro pelos cornos” dizendo que o problema de direito de imagem é falso, pois não há dinheiro para pagá-lo. O facto de começarem a pagar exorbitâncias para transmitir corridas de touros e espectáculos de futebol, hoje algumas estão falidas e é tempo de serem os toureiros a “dar” o seu direito de imagem às televisões e muito mais para que se transmitam corridas de touros.
Além da crise monetária que há em Espanha, as empresas respeitam a publicidade nas corridas pelas pressões dos anti taurinos. Paco deu como exemplo o leite Pascual, que sofreu ameaças e pressões sobre a empresa, levou a que este deixasse de apoiar a Festa. Hoje há vergonha em as empresas defenderem os toiros. Paco deu também como exemplo a colhida de Padilla, e onde a sua colhida foi vista em todas as televisões e foi notícia em todos os jornais e revistas, mas depois o reaparecimento de este mesmo toureiro nada foi falado pela imprensa generalista.
Na sua faceta de jornalista, acabou por dizer que o jornalista tem de transmitir emoções, transmitir a emoção do que é uma corrida de toiros.
Marco Gomes