MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Forum - Açores 2º dia - I






A arte de Alejandro Pizarroso
O professor catedrático Alejandro Pizarroso deu hoje no auditório do Ramo Grande uma verdadeira catara sobre a temática de “Intelectuais que escreveram sobre toiros”. Afirma-se como pessoa de esquerda relativamente à ideologia política, afirmou-se com convicção a sua paixão pelos toiros.
Foi uma verdadeira “faena” de arte, igual a que melhor se desenhou em algumas arenas, aquela que Alejandro Pizarroso fez para todos os presentes no Forum Internacional de Cultura Taurina.

Marco Gomes




Mais cor na Praia da Vitória
Depois do tom cinzento e negro do dia de xxx e do pessimismo demonstrado, Paco Aguado deu outro tom à temática “Linguagem e mensagem da informação taurina no séc. XXI”.
Mesa de jornalistas taurinos com João Queiroz, Alvaro Azevedo, Patrícia Navarro, Vicente de la Serena, Alfredo Casas e Vicent Broug, além de Paco Aguado como moderador.
O jornalista Paco Aguado, começou este painel dizendo que a mensagem actualmente dos jornalistas não está a chegar às grandes massas.
Vicente de La Serena começou por afirmar que “se está num período de evolução decisivo”, mais, “a velocidade é enorme e toda a gente quer saber o que se passou assim que o toiro acaba de morrer”. Actualmente chega-se ao ponto de no twitter se colocar toiro a toiro. Mas o jornalista afirma ainda que “gosta de escrever para o público que não é taurino.
Por outro lado Patrícia Navarro falou sobre a necessidade de se prender o publico que não é aficionado quando lê um jornal. A questão da linguagem com que se escreve também é diferente. Pois a linguagem da net é diferente da do jornal/revista taurina.
Alfredo Casas, sem tabus afirmou “quero que a minha escrita chegue a todos no mundo”. Este jornalista fez alusão a essa escrita o mais claro possível, já que a tauromaquia tem um léxico próprio, terminou dizendo que “escrevo a minha verdade que é o que sinto”.
Alvaro Azevedo tem o cuidado de na sua escrita não falar muito do técnico. Esta mesma técnica que ele sabe minimamente, essa vez que foi novilheiro. Deverá o jornalista expressar emoções pela arte e valor que o toureiro faz.
Vicent Broug afirmou-se que o principal problema é a tradução da linguagem taurina para o francês. Referiu também alguma apreensão sobre a pressão do tempo a que um jornalista está sujeito. O jornalista sente-se como “um travador de emoções”.
João Queiroz, afirmou que algumas pessoas o consideram como um “mal disposto” pois a forma como escreve é a verdade do que se passa na arena. Afirmou que escreve “para aficionados e não pensa captar os outros”. O jornalista do Novo Burladero faz as suas crónicas com tempo, pois não sofre a pressão dos meios de comunicação social da internet. Já a terminar diz “escreve o que vê e não coisas que os leitores gostam de ler”.
No final voltou-se a falar do “medo” das empresas em publicitar os seus produtos em eventos ligados à tauromaquia.
Os próprios jornais, se têm de “cortar” alguma coisa nas suas publicações é sempre os touros e não outra rubrica.
“o que justifica a vida do toiro é morte na praça” – Alvaro Domecq.
Marco Gomes


Sanchez Mejias, homem multifacetado
Acabou agora a intervenção de Juan Carlos Gil, que falou da obra de Sanchez Mejias. O jovem escritor e investigador que se tem dedicado a esta temática, fez a sua intervenção em português, fruto da sua vivência na Moita do Ribatejo, onde frequentou a escola local de toureio.
Intervenção pertinente de um homem multifacetado que foi dramaturgo, jornalista, jogador de polo, presidente da Cruz Vermelha e… toureiro.
Sanchez Mejias era um toureiro que fazia e publicava as crónicas das suas actuações e dos colegas.

Marco Gomes