Num divertido espectáculo de Carnaval na Moita foi Rainha a Princesa Paulinha e Rei André Rola, ambos filhos da Terra.

A tarde estava agradável e foi com uma bonita moldura humana que se presenciaram umas cortesias pouco ortodoxas.

Novilha destinada à Escola de Toureiro José Falcão.

Pedro Noronha  - Entrou a gosto com o capote para depois na moleta bordar o toureio, de forma elegante e perfeccionista. Demonstra estar claramente já num escalão acima deste género de espectáculo.

El Juanito – evidenciou nos três tércios aquilo a que já nos vai habituando, firme, animado e com um reportório vastíssimo. Iniciou de capote por lopecinas para seguir com um bom tercio de bandarilhas e rematar na moleta, demonstrando  um grande à vontade a tourear pela mão esquerda. Característica pouco comum nesta idade.

João Gomes – demonstrou valentia e vontade de bem fazer  mas evidenciou algum atraso de preparação em relação aos seus colegas de escola.

Novilha destinada à Escola de Toureio da Moita do Ribatejo

Paula Santos- a Princezinha, como tem sido apelidada, começou por demonstrar atitude e carisma. Toureou bem e a gosto de capote e por ambos os pitons. Os Parabéns pequena maestrina!!

Pedro Rodrigues e Luís Silva – remataram o tercio de capote à la limon, demonstrando uma impecável coordenação e picaram também o ponto na capa rubra.

Guilherme Gonçalves e Rafael Silvério – a estes dois jovens toco-lhes o tercio de bandarilhas, onde foram variados e demonstraram à vontade. Aqui há apenas que destacar pela negativa o excesso de intromissão do director de corrida no tercio que não quis autorizar um par mais, Sr. Director, são miúdos porra!!

Novilha destinada à Academia de Toureio do Campo Pequeno

António Fernandes – entrou desenvolto pintorero, artista e chegou facilmente ao publico logo com o capote. Completou o tercio completo de bandarilhas com elevado nível. Com a moleta confirmou aquilo que já tinha apontado com o capote, que tal como o Vilafranquense Pedro Noronha, também ele António, está claramente um degrau acima deste tipo de espectáculo.

Rúben Lopes – andou desenvolto e com uma técnica acima da médica pra a idade.

Nota: nesta lide há que destacar Pedro Noronha que num gesto de toureria e solidariedade, tão característico da nossa festa, se ofereceu para ficar no burladero a tocar a novilha aos colegas.

Destaque ainda para as três novilhas de tenta, do Eng. José Samuel Lupi, que saíram simplesmente divinais.

Na parte à Portuguesa, começo por destacar pela negativa esta moda de pôr o toureio apeado por diante dos cavalos. Nunca assim o foi e não concordo que assim seja.

Rúben Inácio – demonstrou que sabe andar a cavalo, e revelou desenvoltura e um bom arranjo das montadas. Denotando apenas um ligeiro desacerto na ferragem, natural atendendo a que é inicio de temporada.

Grupo de Forcados Amadores da Moita do Ribatejo – uma pega fácil e tecnicamente boa por Nuno Santos, à primeira tentativa.

Marta Valente – alegre e divertida, chegou facilmente ao publico, desenvolvendo uma lide de altos e baixos onde demonstrou ainda alguma inexperiência. O cavalo que sacou de bandarilhas, ferro Irmãos Peralta (provavelmente da linha do Sol), é dos bons animais que vi neste inicio de época.

G.F.A. Alcochete – tivemos cabo à praça, António José Cardoso realizou uma boa pega ao segundo intento, sem culpas na primeira desfeita.

André Rola – conseguiu uma estreia auspiciosa, revelando boa interacção com o público e muita equitação (foi o único a sair com o cavalo sem gamarra). Numa demonstração de classicismo e de bem saber andar a cavalo, toureou a novilha toda na mesma montada, colocando quer os compridos, como depois os curtos, à tira, a quiebro e ao violino, brindado-nos ainda no fim com um ferro de palmo.

G.F.A. Aposento da Moita – pegou ao primeiro intento José Maria Ribeiro da Costa.

Paulo Rasquette – logo ao pisar a arena da Daniel do Nascimento pôs logo a praça em polvorosa. Começou com dois compridos e um curto de fazer inveja a muitos cavaleiros de alternativa, dignificando a nobre arte de cavalgar. Foi-lhe logo aí cedida musica, volto a referir, ao primeiro curto. A partir daí foi um degustar de sensações, desde as piruetas às passagens de mão a tempo com que nos brindou.

Na última pega o G.F.A. Moita, num bonito gesto convidou os outros dois grupos presentes para com eles tomarem parte desta sorte. Pegou Ricardo Leandro uma rija pega à segunda tentativa.

As novilhas à parte à portuguesa, propriedade dos Dr. José Manuel Pires da Costa, saíram dignas e a proporcionar no geral bom jogo, excepção feita à última.