As Mulheres na Festa (parte 2)

Cuadrilla de las Noyas, capitaneadas por Dolores Petrel, Lolita y Angelita Pagés

Dolores Petrel

Durante as invasões francesas em espanha, os homens foram mobilizados, e toureio era practicamente inexistente, surgindo apenas expontaneamente, e praticado por anciãos. Até que uma mulher Catalã de nome Dolores Petrel, pôs mão à festa, anunciou-se matadora -o que na altura foi considerado um desrespeita para com a festa 'Los escritores taurinos de la época sentían una gran animosidad contra estas señoritas toreras, que según ellos representaban una ridícula parodia del toreo y degeneraban los gustos del público.''-, e forma mais tarde uma cuadrilla, a ''cuadrilla de las Noyas''. Constituida como matadoras por Dolores Petrel, Lolita e Angelita Pagés, coadjuvadas por bandarilheiras: Encarnación Simó, Julia Carrasco, Isabel Jerro, María Pagés e María Mambea (esta brazileña) .
E a estas mulheres se restringiu a festa durante 8 anos, além de figuras ímpares, foram as ancoras que agarraram a festa à vida. Representadas por um matador ancião “El Verduguillo”, correram todas as capitais de Espanha e atingiram a cifra de 87 corridas num ano, debutaram em Sevilha e encheram Barcelona 15 tardes. Fazendo ainda campanha nas Américas e nas Filipinas. Juntando-se-lhes aí as Filipinas: Pepita Mola  e Herrerita também matadoras, passando Dolores Petrel a rejonear, já sob a alçada do valenciano Eduardo Serrano “Gordat”. E tudo isto com os meios da época.
O periodista catalão Mariano Armengol defeniu-as assim:


''Toreaban erales y utreros. Lolita y Angelita fueron dos toreras inteligentes, con técnica y valor que dominaban todas las suertes. ''


Após o fim da guerra e a restituição da ordem, e já sob o governo de António Maura, o ministro da governação Juan de La Cierva, retirou as Noyas de circulação.
Assim hoje, aqui fica a homenagem do SortesDeGaiola a Dolores Petrel e a sua ''Cuadrilha de las Noyas'', sete Catalãs que concerteza se envergonhariam hoje da lei aprovada.