MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

segunda-feira, 28 de maio de 2012





Rescaldo de Madrid

Pablo H. de Mendosa - Pablo teve no seu 1º toiro uma lide soberba. Um toiro dificil ao qual Pablo sacou tudo, mesmo tudo para coseguir o êxito. Um toiro que se encostou ás tábuas, conseguiu o rejoneador Navarro, pô-lo a investir o suficiente para lhe cravar com mérito a ferragem da ordem. O toiro não permitiu os ladeares tão em moda hoje em dia, mas sempre ligado ao toiro desinteressado e procurando os melhores terrenos, mostrou Pablo que ser toureiro é muito mais que aproveitar os toiros fáceis.
Foi talvez a lide de que mais gostei de toda a corrida.


Diego Ventura - Estava ali para vencer e venceu. No seu conceito de toureio em que sobressaem as vertentes da emoção, da raça e da espectacularidade, plasmaram estes itens a grande altura. 
Aproveitou bem as caracteristicas dos toiros que lhe tocaram, e não fosse a morte do 2º , e o êxito teria sido mais rotundo.
O público respeita-o e admira-o e por isso se lhe entregou.
10 Portas grandes em Madrid, é obra...



NOTA : A rivalidade entre as duas figuras máximas do Rejoneio só se explica pelos gostos de cada um. São dois toureiros diferentes, Pablo mais tecnicista baseia os seus desempenhos na técnica e no repouso, Ventura carrega de emoção e espectacularidade aquilo que faz em praça.
É bom que assim seja para bem do toureio a cavalo.

Francisco Palha - É dos toureiros que mais acompanhei em amador e ele sabe-o bem. A primeira vez que o vi foi no Sobral e logo previ que iria ter um grande futuro. Depois, várias vezes o elogiei embora criticando algumas precipitações próprias de quem toureava como se não houvesse amanhã. Atravessou depois, mas sem nunca deixar de mostrar valor, uma certa crise de identidade oscilando entre a escola da Torrinha e a escola de Ventura. No ano passado passei com ele um dia em Puebla e entrevistei-o. pelo que vi e pelo que me disse cheguei á conclusão que estava determinado num conceito híbrido fruto das duas escolas em que bebeu, ao qual queria juntar um cunho pessoal. Não era tarefa fácil, mas não haja dúvida que está a conseguir.
Saboreei a sua ctuação em Madrid. Esteve em toureiro...
Parabens Francisco e um grande abraço.